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Demolição de casa paroquial pelo governo comunista da China

A casa paroquial pertencente à Diocese de Datong, no nordeste da China, está sendo demolida pelas autoridades chinesas desde 22 de fevereiro.

Foto ilustrativa/ Wikipedia

Foto ilustrativa/ Wikipedia

Redação (26/02/2023 15:23, Gaudium Press) A casa paroquial foi usada até agora como um convento para freiras, e também para sacerdotes. Porém, a igreja anexa a ela, que é enorme, foi poupada, pois sua demolição poderia causar sensação internacionalmente.  O site de notícias AsiaNews informou que a polícia de Datong (Shanxi) começou a demolir a casa com picaretas.

Estas construções estão localizadas em uma área de alto valor urbano, e os fiéis de Datong estão enviando mensagens para pedir a todos que rezem para impedir o comportamento irracional do prefeito.

Sem bispo desde 2005, esta diocese está entre as ‘oficiais’ reconhecidas pelo Partido Comunista Chinês. Com efeito, o último bispo Dom Thaddeus Guo Yingong, que começou seu ministério em 1990 e morreu em 2005, passou mais de 10 anos em trabalhos forçados durante a Revolução Cultural. A renovação, em outubro passado, do Acordo Sino-Vaticano sobre a nomeação de bispos não impediu a repressão do governo.

A diocese de Datong não é a única preocupada com a destruição de bens pertencentes às Igrejas cristãs. No seu relatório anual de 2022 sobre as perseguições às religiões, a ONG ChinaAid denunciou os numerosos ataques a locais de culto, num contexto de reforço da política de sinicização das religiões. Pequim está empreendendo uma verdadeira campanha para submeter as minorias religiosas aos padrões estabelecidos pelo Partido Comunista Chinês.

O cristianismo não é tolerado em território chinês. As cruzes muito visíveis são regularmente retiradas e substituídas por bandeiras chinesas, e já foram demolidas várias igrejas, como a de Beihan, na diocese de Taiyuan, dinamitada em 25 de agosto de 2022. Decorações, pinturas e imagens consideradas “muito ocidentais” são eliminadas, sendo uma forma de afirmar a “sinicização”, e um cristianismo “segundo as características chinesas” e sujeito à autoridade do Partido Comunista.

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