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Defesa da vida avança nos EUA e no Brasil

Enquanto na Alemanha um movimento dito católico defende facilidades para a realização do aborto, nos EUA e Brasil progridem ações pela vida.

Enquanto na Alemanha um movimento dito católico defende facilidades para a realização do aborto, nos EUA e Brasil progridem ações pela vida.

Redação (27/06/2020 11:42, Gaudium Press) Três Estados norte-americanos –Iowa, Mississippi e Tennessee- acabam de aprovar leis que defendem a vida e restringem a prática do aborto.

Tennessee estabelece maiores proteções para os nascituros e mães

O Congresso do Tennessee aprovou uma proibição do aborto após a meia-noite de 19 de junho por 23 votos a 5, depois que uma lei abortista foi aprovada na Câmara dos Deputados, informa o jornal The Tennessean.

“O Tennessee estabelece agora um marco porque inclui algumas das maiores proteções na nação para os nascituros e suas mães”, afirmou Marjorie Dannenfelser, do grupo pró-vida Susan B. Anthony List, ao elogiar nova lei.

A lei agora estabelece a proibição do aborto se o batimento cardíaco for detectado após seis semanas de gestação. A mesma lei impede também o aborto solicitado com base no sexo, raça ou se o feto tiver síndrome de Down. Do mesmo modo, a nova lei rejeita o aborto para jovens sob custódia do Serviço Infantil do Departamento de Estado e elimina a possibilidade de pedir autorização a um juiz para praticá-lo.

Abortistas reagem

Ashley Coffield, presidente da organização abortista Planned Parenthood do Tennessee e do norte do Mississippi, rejeitou a lei, acusando os legisladores de “usar a vida das mulheres como uma ferramenta para impulsionar sua agenda política”.

Planned Parenthood, a União de Liberdades Civis da América (ACLU) e o Centro de Direitos Reprodutivos entraram com uma ação contra a lei, alegando que é inconstitucional.

Aborto: eugenia do mundo moderno

No estado do Mississippi, o Congresso aprovou uma lei para restringir o aborto por raça, sexo ou anormalidades genéticas.

Em 23 de junho, a Câmara de Representantes do Mississippi aprovou também uma lei que restringe as ações abortistas.

A aprovação da lei foi ocasião para surgirem reações dos que promovem a “cultura da morte”. Foi este ocaso de Beth Orlansky, diretora do Mississippi Center for Justice, que comentou que “essa é uma restrição inconstitucional”.

Já Sue Liebel, da plataforma pró-vida Susan B. Anthony List, explicou sobre a lei que “o aborto realizado por causa do sexo, raça ou potencial deficiência do bebê, como a síndrome de Down, constitui a eugenia do mundo moderno”.

O Movimento contra o aborto pode avançar em Iowa

Segundo informa KCCI News, no estado de Iowa, o Senado aprovou uma lei que exige um período de espera de 24 horas para qualquer mulher que queira se submeter a um aborto.
Além disso, a regra afirma que a mãe deve ver o ultrassom do bebê e receber informações sobre adoção.

A parlamentar Shannon Lundgren disse que a aprovação da lei mostra que “com o movimento pró-vida no estado de Iowa”.

 Enquanto na Alemanha, movimento dito católico defende facilidades para a realização do aborto, nos EUA e Brasil progridem ações pela vida.

“Covidão do Aborto” sofre derrota no Brasil

No Brasil o empenho de líderes pró-vida e a manifestação da população brasileira foram fundamentais para o adiamento da votação dos projetos de Lei 1.444 e 1.552 de 2020 na sessão virtual da Câmara dos Vereadores.
Se tivessem sido aprovados como estavam seriam brechas para a despenalização do aborto no Brasil.

Segundo o professor Hermes Rodrigues Nery do Movimento Legislação e Vida, a mobilização, via telefone e redes sociais, jogou luz em pontos obscurecidos e conseguiu adiar a votação do projeto que foi apelidado de “Covidão do Aborto”.

O “covidão do Aborto”, tenta aproveitar de maneira sorrateira o surto de Covid-19 para ampliar os casos em que o aborto no Brasil não é penalizado.

Para Nery, a vitória ainda é temporária, porque a tramitação está em aberto e o pacote legislativo em favor do aborto ainda pode voltar na próxima semana. Não se pode desmobilizar.

Uma voz dissonante: Federação de Mulheres Católicas da Alemanha

Em Berlim, caminhando na contramão do que acontece na América e indo contra princípios católicos, em declarações à CNA Deutsch,  Maria Flachsbarth, presidente da denominada Federação das Mulheres Católicas da Alemanha, expressou seu apoio aos chamados “direitos reprodutivos”, incluindo o “terrível recurso final” do aborto, assim como o trabalho da multinacional abortista Planned Parenthood Federation (IPPF).

Flachsbarth, atua como presidente da organização KDFB, (sigla em alemão de sua organização) é parlamentar pela União Democrata-Cristã e pertence ao controvertido Comitê Central de Católicos Alemães (ZDK) que, junto com os alguns bispos alemães, lidera o polêmico “processo sinodal” nesse país, onde se discute a modificação de vários ensinamentos da Igreja sobre o celibato e a moral sexual.

Aborto e doutrina da Igreja

O Catecismo da Igreja Católica estabelece no numeral 2271 que “desde o século I, a Igreja afirmou a maldade moral de todo aborto provocado. Este ensinamento não mudou. Continua invariável. O aborto direto, quer dizer, querido como um fim ou como um meio, é gravemente contrário à lei moral”.

O Papa Francisco expressou-se em mais de uma ocasião a favor da defesa da vida e contra o aborto. Em 2018, ele disse, por exemplo, que promover o aborto “é como contratar um matador de aluguel”. (JSG)

 

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