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Cuba: Recomeça a perseguição aos cristãos

Esta perseguição é resultado do posicionamento de inúmeras lideranças no movimento pró-democracia.  

Cuba

Redação (26/01/2022 10:37, Gaudium Press) O site de notícias Breitbart relata o crescimento da perseguição contra os cristãos em Cuba, fundamentalmente devido à presença significativa e renovada dos cristãos no movimento pró-democracia. Uma das principais fontes que sustenta essa realidade é a renomada organização cristã internacional Portas Abertas, cujo diretor, David Curry, concedeu uma entrevista ao Breitbart.

O recente relatório divulgado pelas Portas Abertas sobre a perseguição religiosa mostra que, em Cuba, após as duas jornadas nacionais pela liberdade e democracia realizadas no ano passado, em 11 de julho e 15 de novembro, a perseguição contra os cristãos se transformou em tsunami.

“Os cristãos, durante alguns anos, tiveram lá um certo grau de liberdade e saíram do nosso top 50 [do ranking de países onde o cristianismo é perseguido], mas agora eles estão de volta”, constatou Curry.

“O que se vê é que há um alinhamento entre pastores e sacerdotes em torno das liberdades individuais e coisas que desafiam a ideologia do regime comunista de Cuba”, continua Curry. O regime “gostaria de vê-los à margem dessas discussões e deixar o governo fazer o que quiser. Acho que todos esses ditadores têm uma crença semelhante a esse respeito.”

“Por isso, eles estão começando a dizer ‘Olha, se você vai falar contra as crueldades do governo, nós vamos tomar medidas enérgicas contra você e dificultar seu registro oficial”, “e aqueles que estão registrados, claro, tem que seguir a linha. Então esse é o jogo, um jogo muito perigoso que está sendo jogado em Cuba contra os pastores e sacerdotes dessa região”, explicou o diretor de Portas Abertas.

Posicionamentos com grande risco pessoal

Breitbart destaca que, no contexto dos protestos do ano passado, na ilha, alguns sacerdotes ganharam notável visibilidade, pedindo o fim do comunismo e o respeito pelos direitos humanos, algo que fazem “com grande risco pessoal”. Nas manifestações de novembro passado, “o clero saiu às ruas após as detenções de dezenas de pessoas que participaram dos protestos de julho”.

Após esse caracterizado posicionamento de certos líderes cristãos no movimento pró-democracia, o regime seguiu algumas estratégias:

“A crise do COVID-19 foi usada como pretexto para dificultar as atividades da igreja e da comunidade, monitorar os líderes da igreja, praticar prisões arbitrárias, confiscar propriedades privadas e impor taxas de extorsão. Líderes cristãos de diferentes denominações estavam entre os presos durante as manifestações antigovernamentais em julho”, informou Portas Abertas em sua Lista Mundial de Observação.

 

 

 

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