Crise de migrantes na fronteira entre Bielorrússia e Polônia
O governo polonês diz que a Bielorrússia quer desestabilizar o país. O Episcopado convida a exercer a fraternidade.
Redação (26/08/2021 09:53, Gaudium Press) Na fronteira entre a Polónia e a Bielo-Rússia, mais precisamente nas proximidades da cidade de Usnarz Górny, está ocorrendo algo que o conselho de migração do episcopado polonês qualificou como “preocupante”.
“Recentemente, ocorreu um fenômeno preocupante em nossa fronteira oriental, onde pessoas de vários países tentam chegar à Polônia através da Bielorrússia”, segundo o comunicado divulgado pelo episcopado. A Polônia e a Bielorrússia compartilham uma fronteira de 250 milhas. A Polônia enviou tropas para esta fronteira.
Só neste mês, mais de 2.000 pessoas tentaram cruzar a fronteira. O ministro da defesa polonês anunciou a construção de uma cerca ao longo desta fronteira.
“Essas são, não raramente, politicamente estimuladas, em consequência das guerras no Afeganistão, Iraque, Síria e outros, resultando no êxodo de muitas pessoas que temem por sua própria segurança. Temos consciência da complexidade das condições geopolíticas que provocam os atuais processos migratórios”, informa o comunicado.
“Confiamos que os responsáveis pela aplicação da lei respeitarão plenamente as obrigações internacionais para com as pessoas que buscam proteção, incluindo o direito de solicitar proteção internacional.”
Pressão da Bielorrússia?
O primeiro-ministro polonês, Mateo Morawiecki, acusou as autoridades bielorrussas de impulsionar os migrantes a cruzar a fronteira como um plano para desestabilizar a Polônia. Isso seria em resposta às sanções da União Europeia contra aquele país após as contestadas eleições de agosto do ano passado.
O fato de a Letónia e a Lituânia, membros da União Europeia, também terem sido afetadas por esta crise migratória, parece confirmar o que disse o primeiro-ministro.
O episcopado polonês exorta a Polônia a prestar toda a ajuda possível e a mostrar “solidariedade” para com os refugiados de guerra.
Com informações CNA.
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