Crianças são proibidas de celebrar o Natal na China

As autoridades policiais justificaram não ser seguro para as crianças ingressarem na Catedral de Baoding, “porque havia muitas pessoas lá dentro”.

Foto: Reprodução/AsiaNews.

Baoding – China (26/12/2023 14:50, Gaudium Press) As autoridades locais de Baoding, cidade da província de Hebei, localizada no norte da China, proibiram as crianças de participarem das celebrações do Natal do Senhor.

Em uma clara medida para desencorajar a participação de fiéis à esta, que é uma das principais festividades cristãs, as autoridades locais também impediram que fossem expostos objetos relacionados ao Natal nas residências universitárias

Pais impedidos de entrarem na Catedral com seus filhos

A polícia chegou ainda a adotar medidas excepcionais, como a proibição do trânsito de veículos após as 16h no centro histórico de Yuhua Road, onde está localizada a Catedral dos Santos Pedro e Paulo, sede da Diocese de Baoding.

Segundo a AsiaNews, a catedral foi cercada por policiais que impediram que pais entrassem no templo com seus filhos. A justificativa dada pelos agentes foi a de que “não era seguro para as crianças porque havia muitas pessoas lá dentro”.

Objetos com significado natalino proibidos nas residências universitárias

Outra região na China que presenciou a censura por parte da polícia foi Donglu, cuja igreja é destino de peregrinação pelo fato de abrigar em seu interior a famosa imagem de Nossa Senhora da China. Uma semana antes do Natal, o templo foi cercado por viaturas policiais.

Os alunos das escolas e universidades locais também receberam um aviso de que eram obrigados a permanecer no campus na véspera de Natal, para evitar celebrações, e que todos os objetos com significado natalino eram proibidos nos dormitórios.

Controles sobre a religião impostos na República Popular da China

Ainda de acordo com a AsiaNews, esta situação é um reflexo do reforço dos controles sobre a religião impostos em toda a República Popular da China nos últimos anos. Estão circulando avisos do governo, escolas e empresas sobre como ‘boicotar feriados estrangeiros’ e ‘proibir a promoção comercial do Natal’.

Em mensagem oficial à Associação Patriótica dos Católicos Chineses e ao Conselho Cristão Chinês, organismos “oficiais” de católicos e protestantes, o partido indicou que se continue a aderir ao caminho indicado por Xi Jinping e à Sinização. (EPC)