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Covid-19: Sacerdote enfermeiro e voluntário será Capelão em Hospital de Campanha

Ser enfermeiro e sacerdote pode ser uma forma de evangelizar quando uma crise traz tantas mudanças em todos os setores da sociedade, diz o Capelão enfermeiro.

Ser enfermeiro e sacerdote pode ser uma forma de evangelizar quando uma crise traz tantas mudanças em todos os setores da sociedade, diz o Capelão enfermeiro.

Cidade do Porto – Portugal (Quinta-feira, 16-04-2020, Gaudium Press) O padre João Pedro Bizarro ofereceu-se como voluntário para atuar como enfermeiro no Hospital Militar do Porto, em Portugal. Assim, o padre João Pedro volta à profissão que tinha antes de ser sacerdote, só que, agora ele agrega a seu trabalho de enfermagem a missão de ser Capelão entre as vítimas do Covid-19.

O sacerdote é doutorado em Direito Canónico pela Universidade Gregoriana e prefeito do Seminário Maior do Porto.
Ao explicar sua atitude de voluntariar-se na luta contra o coronavírus, padre João Pedro disse que “Não podia ficar indiferente ao sofrimento”.

Enfermeiro com vocação para o sacerdócio

Foi no exercício de sua profissão de enfermeiro que ele viu nascer sua vocação para o serviço aos irmãos na vida sacerdotal. Agora ele sentiu nascer a vontade de, como sacerdote e enfermeiro, oferecer para ajudar os doentes infetados pelo covid-19.
O padre João Pedro atendeu ao apelo feito para que as pessoas se inscrevam como voluntários na luta contra a pandemia e aguarda ser chamado para o Hospital Militar do Porto que conta com a ajuda dos Centros Hospitalares de Santo Antônio e São João, local onde ele será também Capelão. O combate à pandemia precisa de muitas mãos e os profissionais de saúde disponíveis não são suficientes, afirmou o sacerdote.

Capelão não tem contato com pacientes do Covid-19

O padre enfermeiro recorda que, neste período de pandemia, as normas de segurança impedem que os capelães hospitalares entrem em contato com os doentes.
Por essa razão, “um enfermeiro” que também é sacerdote e “trabalha com pessoas infetadas pode ser também capelão no meio dos doentes”, afirma padre João Pedro para destacar que a escassez de profissionais e o fato de ter o curso de enfermagem foram as razões que o levaram a voluntariar-se.

Capelão uma missão de estrema necessidade

O sacerdote salienta a importância dos capelães para tantas pessoas que precisam da presença da Igreja neste momento de sofrimento afirmando que “A missão de um capelão em tempo de pandemia é de extrema necessidade”.

Ser enfermeiro e sacerdote pode ser uma forma de evangelizar quando uma crise traz tantas mudanças em todos os setores da sociedade, recorda o padre João Pedro Bizarro que considera que isto “levará a redescobrir novas formas de evangelização”.

É também por isso que, neste período de pandemia, o padre João Pedro Bizarro, de 46 anos, faz um intervalo na sua missão de formador dos seminaristas da diocese do Porto e assume de novo a área da enfermagem trabalhando no Hospital Militar do Porto.

Ele acredita que, ao mesmo tempo, sendo enfermeiro, poderá colaborar com mais facilidade como Capelão no hospital de campanha criado no Porto para dar apoio aos infetados com o coronavírus.
Com isso, padre João Pedro espera que, neste momento de tanto sofrimento, ele possa exercer de modo especial sua vocação sacerdotal assistindo duplamente os doentes. (JSG)

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