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Coronavírus: Bispos criticam restrições impostas às atividades da Igreja

A propósito do aumento de casos do Covid-19, as autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação surgida?

A propósito do aumento de casos do Covid-19, as autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação surgida?

Juiz de Fora – MG (10-12-2020, 09:59, Gaudium Press)  A propósito das medidas restritivas às atividades das Igrejas que as autoridades municipais de Juiz de Fora, em Minas Gerais, estabeleceram devido à pandemia de Covid-19, o Arcebispo local, Dom Gil Antônio Mareira, expressou sua perplexidade diante das medidas impostas que impõem mais restrições a igrejas do que a praças de alimentação.

Igrejas com 20% de sua capacidade e Missas com 45 minutos; praças de alimentação com 50% de capacidade e sem restrições de horário

A Prefeitura de Juiz de Fora chegou a anunciar que o município entraria na denominada “Onda Vermelha”, a fase mais restritiva das medidas de prevenção ao coronavírus. Contudo voltou atrás e decidiu manter o município na “Onda Amarela”.

A decisão foi tomada pelo Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, que define medidas que devem ser adotadas na cidade.

Entre as medidas impostas pelas autoridades está determinação de que templos religiosos funcionem com, no máximo, 20% da capacidade e que as Missas e cerimônias tenham duração máxima de 45 minutos. Por outro lado, as praças de alimentação em todos os empreendimentos comerciais poderão funcionar com, no máximo, 50% de capacidade.

Comentando essas normas, o Arcebispo Dom Gil Antônio afirmou que é “incompreensível por que praças comerciais de alimentos podem funcionar com 50% de sua capacidade de fregueses, sem restrição de horários, e as igrejas, que são lugares muito mais seguros, que cuidam com muito mais rigor do distanciamento, uso de máscara, higienização das mãos repetidas vezes numa única celebração, tapetes químicos e medição de temperatura, devem funcionar apenas com 20% do espaço e restringir suas celebrações em apenas 45 minutos”.

Para demonstrar sua perplexidade, Dom Gil Antônio ainda comentou:
“Leve-se em consideração que estamos para celebrar, nas igrejas, a segunda mais importante liturgia do ano, que é o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, festa que se caracteriza pela harmonia, pela ternura e pela paz. Incompreensível! ”.

Com liberdade e esperança, Arcebispo já havia suspenso atividades religiosas até 15 de dezembro

Já no último dia 1º de dezembro, o Arcebispo havia determinado a suspensão da participação presencial em celebrações e da realização de sacramentos até o dia 15 de dezembro.
Uma decisão antecipada com relação às autoridades que foi tomada devido ao novo aumento do número de casos de infectados pelo coronavírus, além de mortes causadas pela Covid-19 na região.

Porém, Dom Gil deu liberdade aos párocos e administradores de paróquias do interior com relação à realização de Missas ao ar livre e para cumprir os agendamentos já realizados pelos fiéis.

Na ocasião, o Prelado quis ressaltar sua esperança de que a realidade da pandemia tenha melhorado na segunda metade do mês, para que os arquidiocesanos possam celebrar, da melhor forma, a Festa do Natal do Senhor.

Com a manifestação de estranheza de Dom Gil Antônio sobre as medidas restritivas impostas pelo governo local, o Arcebispo se soma a outros bispos que manifestaram seu repúdio diante de medias que vem sendo impostas pelas autoridades de saúde.

A propósito do aumento de casos do Covid-19, as autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação surgida?

Tenho visto acontecer tais fatos em regiões onde existe perseguição religiosa aos cristãos…

Na semana passada, o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, lamentou que uma celebração de Crisma tenha sido interrompida na cidade de Botuverá (SC), por autoridades que alegaram que se estava violando as normas de prevenção contra Covid-19.

“Tenho lido nos noticiários que tais fatos acontecem em regiões onde há perseguição contra os cristãos. Aproveitam quando a comunidade está reunida para atacar”, declarou o Dom Jönck.

As autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação surgida em relação ao aumento de casos da Covid-19?

Por seu lado, Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen, também criticou medidas do governo do Rio Grande do Sul que restringiam a capacidade das igrejas a 10% ou 30 pessoas, além de proibir “distribuição de alimentos e bebidas”. O que, conforme sublinhou o Prelado, poderia “significar a arbitrariedade de se impedir a distribuição da Sagrada Eucaristia”.

Dom Rossi Keller destacou em seus comentários que: “As autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação em relação ao aumento de casos do COVID 19 no Estado”. (JSG)

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