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Congregação para o Culto Divino orienta celebração Dominical da Palavra de Deus

À luz do Domingo da Palavra de Deus, Nota da Congregação reaviva a importância da Sagrada Escritura na vida dos cristãos, relembra pontos importantes e aponta possíveis abusos.

À luz do Domingo da Palavra de Deus, Nota da Congregação reaviva a importância da Sagrada Escritura na vida dos cristãos, relembra pontos importantes e aponta possíveis abusos.
Redação (22/12/2020,  15:00, Gaudium Press) A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou uma nota com orientações para a celebração dominical da Palavra de Deus.
A Nota da Congregação da Cúria Romana é uma orientação e relembra pontos importantes para a celebração dominical da Palavra de Deus que a mesma Congregação julgou conveniente recordar.

Cristo – centro e plenitude das Escrituras: Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra

“Por meio das leituras bíblicas proclamadas na liturgia, (ponto 1) Deus fala ao seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho; Cristo é o centro e a plenitude de todas as Escrituras: Antigo e Novo Testamentos. A escuta do Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra,  é caracterizada por uma veneração particular, expressa não só em gestos e aclamações, mas também no livro dos Evangelhos.

Uma das possibilidades rituais adequadas para este domingo poderia ser a procissão de entrada com o Livro do Evangelho ou, na sua ausência, a sua colocação no altar.

Cuidado com o aspecto material dos livros Sagrados  

Uma das orientações da Congregação (ponto 8) recorda que “Os livros que contêm os textos da Sagrada Escritura suscitam em quem os escuta a veneração pelo mistério de Deus, que fala ao seu povo.  Portanto, deve-se cuidar de seu aspecto material e de seu bom uso. É impróprio usar brochuras, fotocópias ou subsídios para substituir os livros litúrgicos”.

Supressão ou alteração das leituras indicadas para as Missas

A Nota faz uma advertência a propósito do abuso litúrgico que consiste em suprimir ou alterar as leituras indicadas para a missa:

“A ordenação das leituras bíblicas (ponto 2) fornecidas pela Igreja no Lecionário fornece o conhecimento de toda a Palavra de Deus. Por isso, é necessário respeitar as leituras indicadas, sem substituí-las ou suprimi-las, utilizando versões da Bíblia aprovadas para uso litúrgico. O anúncio dos textos lecionários constitui um vínculo de unidade entre todos os fiéis que os ouvem.
Compreender a estrutura e a finalidade da Liturgia da Palavra ajuda a assembleia dos fiéis a receber de Deus a palavra que salva.

Preparação interior e exterior específica para quem anuncia a Palavra de Deus

“A Igreja sempre dedicou particular atenção àqueles que anunciam (ponto 6) a Palavra de Deus na assembleia: sacerdotes, diáconos e leitores. Este ministério requer uma preparação interior e exterior específica, a familiaridade com o texto a ser proclamado e a prática necessária de como o proclama, evitando qualquer improvisação. Existe a possibilidade de introduzir as leituras com instruções curtas e oportunas.”

O Ambão não é um móvel funcional, é de onde a Palavra de Deus é proclamada

“Pelo valor da Palavra de Deus, (ponto 7) a Igreja nos convida a cuidar do ambão de onde é proclamada; não é um móvel funcional, mas sim o lugar adequado à dignidade da Palavra de Deus, em correspondência com o altar:
falamos da mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, tanto em referência ao ambão como, sobretudo, ao altar.

“O ambão é reservado para as leituras, o canto do Salmo responsorial e o anúncio pascal; a partir dele podem ser pronunciadas a homilia e as intenções da oração universal, não sendo aconselhável acessá-la para comentários, anúncios, encaminhamento do canto”.

Uma justificativa anunciada pelo Cardeal Sarah

Na Nota da Congregação da Cúria Romana assinada pelo Cardeal Robert Sarah, o Purpurado faz uma justificativa:

“Esta Nota, à luz do Domingo da Palavra de Deus, quer reavivar a consciência da importância da Sagrada Escritura na nossa vida de crentes, a partir da sua ressonância na liturgia, que nos coloca em diálogo vivo e permanente com Deus”. O Cardeal recorda, então, palavras do Papa Francisco:
“A Palavra de Deus ouvida e celebrada, especialmente na Eucaristia, nutre e fortalece os cristãos internamente e os torna capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida quotidiana”. (JSG)

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