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“Com o diabo não se dialoga jamais” – afirma Papa, no Angelus

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-03-2020, Gaudium Press) Depois de ter cancelado desde Quarta-feira de Cinzas os compromissos públicos de sua agenda, o Papa Francisco voltou, no último domingo, 01/03, a dirigir o Angelus desde os aposentos pontifícios.

"Vai embora, Satanás, pois está escrito: ‘Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele prestarás culto'" Foto: Arquivo Gaudium Press

Falando aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa tratou das tentações de Cristo narradas nos Santos Evangelhos. Mais concretamente Francisco tratou do trecho indicado pela liturgia para o primeiro domingo da Quaresma (Mateus 4.1-11).

O Pontífice comentou as tentações de Cristo e afirmou que, diante das tentações, existe um caminho a seguir. E que este caminho é aquele percorrido por Jesus no deserto, onde ele enfrenta as tentações do maligno.

Francisco recorda que, primeiro, satanás sugere a Jesus, que tem fome, que transforme as pedras em pão.

Contudo a resposta de Jesus foi taxativa: “Não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.

A segunda tentação do demônio foi para induzir Jesus a desconfiar de Deus quando ele pede a Jesus para experimentar a confiança em Deus atirando-se do ponto mais alto do templo, pois, ele seria socorrido pelos anjos.

O Papa recordou que “Quem crê sabe que não se coloca à prova Deus, mas confia na sua bondade”.
Foi por essa razão, diz Francisco, que Jesus respondeu ao diabo:
“Não porás à prova o Senhor teu Deus!”.

Na terceira tentação, satanás oferece a Jesus uma perspectiva de gloria e poder, algo como um “messianismo político”.

O Papa recorda que, diante dessas ofertas do maligno, Jesus “rejeita a idolatria do poder e da glória humana” e, no final, expulsa o tentador dizendo:
“Vai embora, Satanás, pois está escrito: ‘Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele prestarás culto’”.

Somos indefesos, distantes de Deus

Jesus responde o maligno com a palavra de Deus.
Jesus não dialoga com o demônio, recorda o Pontífice, e que assim Ele nos ensina que nunca se deve dialogar com o tentador.

As “tentações de Jesus” nos ensinam que é necessário ter muito cuidado, elas nos ensinam a estarmos vigilantes para não nos submetermos a nenhum ídolo.

Assim, o Papa recorda esse episódio evangélico e ensina que :

“Também hoje Satanás irrompe na vida das pessoas para tentá-las com suas propostas atraentes; ele mistura a sua às muitas vozes que tentam domar a consciência.
De muitos lugares chegam mensagens convidando as pessoas a “deixarem-se tentar” para experimentar a embriaguez da transgressão.
A experiência de Jesus ensina-nos que a tentação é a tentativa de percorrer caminhos alternativos aos de Deus, que nos dão a sensação de autossuficiência, de gozo da vida como um fim em si mesmo.
Mas tudo isso é ilusório: logo percebemos que quanto mais nos afastamos de Deus, mais nos sentimos indefesos e inermes diante dos grandes problemas da existência. ”

Pedido a Nossa Senhora

Para concluir suas breves palavras, Francisco recomendou pedir:
“Que a Virgem Maria, a Mãe d’Aquele que esmagou a cabeça da serpente, nos ajude neste tempo de Quaresma a estar vigilantes diante das tentações, a não nos submetermos a nenhum ídolo deste mundo, a seguir Jesus na luta contra o mal; e conseguiremos também nós ser vencedores como Ele”. (JSG)

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