CNBB divulga levantamento de Arquidioceses e Dioceses com celebrações públicas

O retorno gradual das Arquidioceses e Dioceses brasileiras foi iniciado no final de abril. Para isso, as mesmas tiveram que seguir uma série de medidas de segurança e higiene.

Redação (24/06/2020 14:00, Gaudium Press) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou um levantamento no qual é apresentado um elenco completo de onde e quando as Santas Missas com a presença dos fiéis foram retomadas, quais igrejas estão aguardando sua reabertura e as que foram novamente fechadas.

O retorno gradual das Arquidioceses e Dioceses brasileiras foi iniciado no final de abril. Para isso, as mesmas tiveram que seguir uma série de medidas de segurança e higiene estabelecidas pelos órgãos de saúde e destacadas pela CNBB no documento “Orientações Litúrgico-Pastorais para o retorno às atividades presenciais”.

Esse retorno também tem dependido dos decretos emitidos pelos governos municipais e estaduais autorizando a realização das missas com público. Além disso, o texto da CNBB destaca que para se voltar a realizar essas celebrações com os fiéis presentes “se requer um bom planejamento, muita coragem e esperança, pois a Igreja também tem a grave responsabilidade de prevenir o contágio da Covid-19, em sintonia com as autoridades sanitárias”.

Segundo a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, na medida em que for sendo retomada a participação comunitária nas celebrações, seguindo as orientações dos Bispos Diocesanos, “será necessário garantir atitudes e posturas contra a infeção”.

Região Norte

A Arquidiocese de Manaus (AM), voltará de forma gradual a partir desta quarta-feira, 24 de junho, seguindo três etapas: a primeira acontece até o dia 4 de julho, com a abertura das igrejas para oração, prática devocional pessoal, sem concentração de pessoas; a segunda se inicia a partir de 28 de junho, com a celebração de missa apenas com um número limitado de agentes de pastoral; e, a terceira ocorre a partir dos dias 4 e 5 de julho, com o início das missas e celebrações da Palavra com a presença dos fiéis.

Já a Arquidiocese de Belém (PA) voltou a receber os fiéis para as celebrações no dia 6 de junho, seguindo entretanto, com apenas 15% do total de ocupação, limitado a 200 pessoas por templo. A prefeitura de Santarém (PA), publicou um decreto autorizando a abertura das igrejas com 30% da capacidade, desde que não exceda o número de 100 pessoas.

A Igreja em Palmas (TO) ainda não tem previsão para o retorno dos fiéis nas missas. O mesmo ocorre em Porto Velho (RO), onde seguem mantidas as normas de isolamento e as celebrações pelas redes sociais.

Região Nordeste

As igrejas no Ceará permanecem fechadas, uma vez que as cidades estão em fases diferentes de abertura ou fechamento total. Os Bispos locais sugerem que cada Diocese adote no seu planejamento as medidas de proteção propostas pela CNBB visando o cuidado, à defesa e à preservação da vida.

Os Bispos da Província Eclesiástica de Natal (RN), decidiram manter as igrejas fechadas, uma vez que há receio de que uma abertura agora seja sucedida sucedida por um novo surto de coronavírus. Já as Arquidioceses da Paraíba (PB), de Olinda e Recife (PE) e a Diocese de Guarabira (PB) iniciaram a retomada das celebrações litúrgicas com a presença dos fiéis, respeitando a lotação máxima de 30% da capacidade total, além de uma série de recomendações para a segurança dos fiéis dentro dos espaços litúrgicos.

A Arquidiocese de Salvador (BA) segue os decretos municipal e estadual que determinam missas com, no máximo, 50 pessoas dentro dos templos. Entretanto, muitas paróquias estão celebrando Missas sem a presença dos fiéis, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Em sintonia com as orientações apresentadas pela CNBB, o Arcebispo de Aracaju (SE), Dom João José Costa está preparando um novo decreto com orientações e critérios para a retomada das celebrações nos templos.

No dia 15 de junho, foi publicado um decreto com as novas normas para o funcionamento das paróquias regulamentando a quantidade de pessoas e reforço dos cuidados em uma retomada gradual da vida eclesial. O documento normatiza, sobretudo, a reabertura das igrejas para a celebração da missa com a presença de fiéis e ressalta não se tratar “da liberação geral das dependências, muito menos o abandono das práticas sanitárias adotadas mesmo quando fechadas”.

Região Centro-Oeste

As Arquidioceses de Brasília (DF) e Goiânia (GO), estão seguindo com celebrações presenciais com redução de fiéis de acordo com orientações das autoridades locais.

Região Leste

O retorno das atividades religiosas das mais de 280 igrejas da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) está programado para o próximo dia 4 de julho. Já em Minas Gerais, as Arquidioceses de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberaba divulgaram orientações para retorno das celebrações com o povo.

Região Oeste

Desde o dia 1º de maio a Arquidiocese de Cuiabá segue orientações para retorno das missas com a presença de fiéis.

Região Sul

Algumas Dioceses do estado de São Paulo iniciaram o movimento de reabertura de suas igrejas para os fiéis. Nestes templos é permitida, desde o dia 13 de junho, a participação de fiéis desde que se mantenha o máximo de 30% da capacidade do local, garantindo assim o distanciamento entre as pessoas, e seguindo as normas sanitárias e de higiene, como o uso de máscaras e álcool em gel, além de medição de temperatura corporal.

Já no Paraná, a maioria das igrejas segue fechada. Em Maringá, as celebrações foram retomadas com restrição de público e a proibição de crianças e idosos, pois fazem parte do grupo de risco.

As Dioceses de Chapecó, Lages, Caçador, Joaçaba, Rio do Sul e Blumenau (SC) seguem sem celebrações públicas. A Arquidiocese de Florianópolis e as Dioceses de Joinville, Tubarão e Criciúma já autorizaram a retomada das celebrações públicas nas paróquias que atendam as normas estabelecidas pelos órgão de saúde.

Por fim, o Arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler, emitiu uma nota oficial orientando sobre o fechamento das igrejas, após o governo local classificar a região como vermelha. Na Diocese de Cruz Alta (RS), entretanto, as celebrações ocorrem de acordo com as orientações de saúde, com participação de até 30 pessoas ou 25% da capacidade e uso de máscaras. (EPC)