China: sua imagem desaba no mundo
Este é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center em 14 países.
Redação (09/10/2020 15:19, Gaudium Press) Não se precisa apresentar muito o Pew Research Center. Por isso, o resultado da pesquisa publicado ontem pode ser analisado, discutido, mas dificilmente se dirá que é falso.
Como primeiro resumo desta pesquisa, pode-se dizer que a imagem da China atingiu o mais baixo nível desfavorável e que esta visão negativa aumentou mais de 30% em relação ao ano passado.
Realizada em 14 países (Austrália, Bélgica, Grã-Bretanha, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Coreia do Sul, Espanha, Suécia e Estados Unidos), no entanto, a pesquisa traz dados que o “senso comum” não esperaria.
Dir-se-ia que a queda da popularidade do gigante asiático se deve à forma como lidou com a pandemia, ou à falta de transparência na divulgação das informações a respeito dela. No entanto, o que a pesquisa mostra é que entre os 14 países pesquisados, apenas dois consideram que os EUA lidaram com a questão da Covid melhor do que a China. Portanto, a queda deve ser explicada por outros fatores, como a política antirreligiosa (particularmente anticristã) e antidireitos humanos no continente, tentativas de acabar com as liberdades em Hong Kong, ataques a muçulmanos uigures em Xinjiang e, claro, também pelas numerosas nuvens escuras que cobrem sua gestão da epidemia.
Dados
Segundo a pesquisa, na França, uma das potências mais “sinófilas” existentes, a visão desfavorável da China aumentou 10% em relação ao ano passado. Em 2015, essa opinião era de 49%. Hoje chega a 70%.
No Japão, a visão desfavorável em relação à China é de 86% e na Coreia do Sul, 75%.
Nos Estados Unidos, 73% das pessoas disseram ter uma visão desfavorável em relação à China, um aumento de 20% desde que Trump assumiu o cargo. Na Austrália, o aumento da visão negativa em relação à China foi muito mais rápido, passando de 57% no ano passado para 81% hoje.
O caso da Austrália também pode ter repercutido sobre a opinião negativa de outros países do Ocidente. Lembrando que as autoridades de Camberra solicitaram uma investigação internacional sobre a origem da pandemia em Wuhan, o que foi negado pela China. Após críticas mútuas, a China retaliou a Austrália com o aumento das tarifas chinesas sobre produtos agrícolas australianos, e corte das importações de carne e vinho australianos.
Na Grã-Bretanha, a queda da imagem da China foi brutal, passando de uma opinião negativa de 50% no ano passado para uma de 75% hoje.
No total, a média da visão desfavorável sobre a China nos países pesquisados é de 73%.
A verdade é que o país mais prejudicado com esses resultados será sempre a China, que baseia sua economia no comércio com o mundo e não no seu mercado interno.
Economia e política
O impacto econômico desse declínio na popularidade, cedo ou tarde, será notado. E quem fala de economia fala também de geopolítica, setores que hoje estão intimamente ligados. Em outras palavras, a expansão econômica da China arrastava o aumento de sua influência política, que agora está sendo contestada.
É neste ambiente adverso ao crescimento da influência da China que o Cardeal Muller pôde afirmar, em entrevista ao Breitbart News, que a vitória republicana nas próximas eleições nos Estados Unidos depende da contenção da expansão desta ditadura comunista no mundo.
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