Celebração de Pentecostes reuniu mais de 80 mil fiéis em Manaus

A cerimônia litúrgica, uma das principais da Igreja Católica, foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Leonardo Steiner.

Foto: Ana Paula G. Lourenço/Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Manaus.

Manaus – Amazonas (21/05/2024 14:37, Gaudium Press) No último domingo, 19 de maio, por volta de 80 mil fiéis católicos se reuniram no sambódromo de Manaus para participar da celebração da Festa de Pentecostes, uma das maiores cerimônias religiosas da Igreja Católica. O tema deste ano foi ‘Todos irmãos e irmãs no espírito’.

Seguindo a tradição, a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição foi conduzida no início da celebração por homens da Guarda de Nossa Senhora de Nazaré e jovens que representam o setor da Juventude da capital e do interior. A procissão inicial da Santa Missa contou com a participação de sacerdotes pertencentes à Arquidiocese de Manaus.

A linguagem do Espírito é a suavidade do amor

Durante a sua homilia, Dom Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus, agradeceu aos organizadores e cerca de dois mil voluntários que colaboraram para a realização deste grandioso evento atendendo nas áreas de liturgia, animação, ornamentação, acolhida, logística, arrecadação de alimentos, coleta, divulgação e comunicação.

Em seguida, o purpurado comentou a primeira leitura do dia, retirada do Livro dos Atos dos Apóstolos, destacando que “a linguagem do Espírito, não é a nossa linguagem, porque a linguagem do Espírito é a suavidade do amor, mas é a suavidade da gratuidade, do dom da graça, a linguagem do Espírito é sempre a linguagem da proximidade, é sempre a linguagem do caminho, é sempre um sair para encontrar”.

O sopro do Espírito sobre os discípulos

Dom Leonardo comparou ainda o sopro do Espírito sobre os discípulos, relatado no Evangelho, com o que acontece diante de uma criança que se machuca, que com o sopro da mãe, a dor se vai. Segundo ele, “é o sopro do Espírito, porque é o sopro da maternidade, é o sopro da paternidade, é esse sopro que cura as feridas, é esse sopro que cura as quedas da vida, é esse Espírito que vai sempre renovando, colocando de pé, esse Espírito que vai afastando a divisão, esse Espírito que sempre de novo recolhe e acolhe, o sopro do Espírito”.

“Jesus soprou sobre eles, e nós recebemos esse sopro na Crisma. Todos nós recebemos o Espírito Santo, e todos nós somos iluminados pelo Espírito Santo, e todos nós temos o vigor do Espírito Santo, só que às vezes não nos damos conta, porque achamos que nós é que sabemos tudo, que nós é que sabemos os passos a serem dados, não temos a paciência de recolher, de esperar, para que o Espírito possa indicar qual é o melhor caminho, qual a melhor escolha, qual a melhor vocação, qual é o melhor ministério que nos é confiado”, advertiu.

O Espírito nos leva ao perdão

O Arcebispo de Manaus assegurou ainda que “o Espírito nos leva ao perdão, o Espírito nos leva à reconciliação, o Espírito harmoniza de novo a nossa vida, o Espírito que é capaz de sempre de novo tecer as relações familiares, as relações amorosas, as relações mais íntimas. É o Espírito que sempre de novo tece as relações da comunidade, as relações sociais”.

Segundo ele, isso acontece, pois “não existe família sem perdão, não existem irmãos e irmãs sem perdão”. O fato de receber e oferecer o perdão é algo que aproxima, “porque aprendemos esse acarinhar de Deus no perdão, pois o nome de Deus é misericórdia”. (EPC)