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Cátedra de Pedro: a Pedra inabalável

A festa da Cátedra de Pedro, em 22 de fevereiro, celebra o papado como a rocha inabalável do alto da qual o Soberano Pontífice se dirige ao mundo inteiro. Nenhum homem poderá destruí-la ou mesmo abalá-la, pois Cristo a fundou.

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Redação (22/02/2024 08:05, Gaudium Press) Eis a promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo a São Pedro:

Eu te digo: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela”.

Para destruir essa pedra, ou seja, o Vigário de Jesus Cristo na Terra, muitos esforços e diligências de um considerável número de hereges têm sido empregados, na tentativa de abalar o sagrado edifício da Igreja a partir de seu fundamento, o qual é a alegria, consolo e triunfo dos verdadeiros católicos.

Nesse “edificarei” se encontra o real anúncio do Reino de Jesus. O grande e divino desígnio começa a se delinear nesse nome, até então nunca usado: “minha Igreja”.

O plano de Jesus é proclamado sobre as rochas de Cesareia, pelo próprio Filho de Deus, que Se apresenta como um divino arquiteto a erigir esse edifício indestrutível, grandioso e santíssimo, a sociedade espiritual, constituída por homens: militante na Terra, padecente no Purgatório, triunfante no Céu.

O conjunto de todos aqueles que se unem debaixo da mesma Fé, nesta Terra, chama-se Igreja. Desta, o fundamento é Pedro e todos os seus sucessores, os romanos pontífices, pois, caso contrário, não perduraria a existência do edifício.

Eis um ponto vital de nossa Fé: “o fato da Igreja estar edificada sobre o próprio Pedro” que aliás — “é admitido por todos os autores antigos, exceto os hereges”

Nasce uma obra indestrutível

É de pasmar o desenrolar desse acontecimento histórico ocorrido na “região de Cesareia de Filipe”: Um simples pescador da Betsaida proclama que o filho de um carpinteiro é realmente Filho de Deus, por natureza. Este, em seguida, anuncia que edificará uma obra indestrutível e deixará em mãos de seu administrador, com plenos poderes de jurisdição e magistério, “as chaves do Reino do Céu”.

O ambiente que os cerca é pobre, árido mas com certa grandeza. Ali é plantado “o grão de mostarda”, do qual nasceriam as igrejas, as catedrais, as cerimônias, os vitrais, as universidades, os hospitais, os mártires, os confessores, as virgens, os doutores, os santos, enfim, a Santa Igreja Católica Apostólica e Romana.

Passaram-se dois milênios e, depois de tantas e catastróficas procelas, inabalável continua essa “nau de Pedro”, tendo Cristo, com poder absoluto, em seu centro.

Com efeito, a cabeça desse corpo místico sempre será Cristo Jesus. Durante a História da humanidade, Ele será o chefe invisível, mas deixa entre nós um Pedro acessível.

Nenhuma outra instituição resistiu à corrupção produzida pelos desvios morais ou pela perversão da razão e do egoísmo humano. Só a Igreja soube enfrentar as teorias caóticas, opondo-lhes a verdade eterna; arrefecer o egoísmo, a violência e a volúpia, utilizando as armas da caridade, justiça e santidade; pervadir e reformar os poderes despóticos e materialistas deste mundo, com a solene e desarmada influência de uma sábia, serena e maternal autoridade.

Não podiam mãos meramente humanas erigir tão portentosa obra, só mesmo a virtude do próprio Deus seria capaz de conferir santidade e elevar à glória eterna homens concebidos no pecado.

Mons João Scognamiglio Clá Dias, EP

 

Texto extraído, com adaptações, da Revista Arautos do Evangelho n.78, junho 2008.

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