Cardeal espanhol denuncia absurda discriminação à Igreja

A propósito da absurda limitação da presença de fiéis nas Igrejas, Arcebispo de Valladolid denuncia Junta de Governo

Redação (18-02-2021, 16:00, Gaudium Press) Dom Ricardo Blázquez, Arcebispo de Valladolid, aproveitou sua homilia de Quarta-feira de Cinzas para incitar o Governo de Castela e Leão a que reconsidere sua postura a propósito da capacidade de as Igrejas receberem fiéis durante a pandemia:
Estamos sendo discriminados! –assegurou o Arcebispo.

Dom Blázquez declarou também em sua homilia: “Lamentamos continuar na mesma situação. As pessoas podem ir aos cinemas ou teatros com um terço da capacidade, mas nós estamos limitados a 25 pessoas” e, ao mesmo tempo, destacou que a medida“ nos parece ter muito pouco fundamento ”.

Deve haver limitações de capacidade, porém, não podemos ser descriminados

O cardeal também indicou que todos os bispos de Castela e Leão concordam na análise e na crítica do que está acontecendo:
“Entendemos que há limitações de capacidade, mas não devemos ser discriminados para vir à Missa”, concluiu.

As palavras do arcebispo de Valladolid vão de encontro às críticas da Junta, depois que cerca de 500 pessoas se mobilizaram no último domingo (14/02) nas proximidades da igreja de São Benedito, na capital Valladolid, para pedir ao executivo regional a recuar nesta medida contra a pandemia do coronavírus.

Na verdade, esta não foi primeira vez que o Cardeal Blázquez posiciona-se a propósito de uma decisão do Governo de Castela e Leão ao classificar a nova legislação contra o coronavírus como “não proporcional”.

Atitude do vice-presidente neste episódio de limitação de presença de fiéis nas Igrejas pode ser considerada prevaricação?

Por outro lado, o vice-presidente do Conselho, Francisco Igea, reconheceu diante do arcebispo de Burgos, Dom Mário Iceta, que a medida era desproporcional, mas ele a justificou dizendo que não queria que as pessoas saíssem de casa e não mostrou intenção de retificar a medida já estabelecida.

De acordo com legisladores consultados pela InfoCatólica, eles indicaram que tal reconhecimento pode ser motivo para acusação de prevaricação.  (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações “El Norte de Castilla / InfoCatólica)