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Bolívia: ataques de grupos feministas contra igrejas no Dia Internacional da Mulher

A Catedral de Santa Cruz foi vandalizada assim como outras igrejas nas cidades de La Paz e Cochabamba.

Foto: Comissão de Comunicação do Arcebispado de Cochabamba

Foto: Comissão de Comunicação do Arcebispado de Cochabamba

Redação (12/03/2023 10:53, Gaudium Press) A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) rejeitou os excessos de grupos feministas radicais que participaram, na última quarta-feira, dia 8 de março, de uma marcha pelo Dia Internacional da Mulher. Houve pancadas, pontapés e atos de vandalismo em pelo menos cinco departamentos.

Em quase todas as cidades, as manifestações se voltaram contra as igrejas católicas, reivindicando o aborto legal. O mesmo aconteceu em Santa Cruz, quando um dos grupos chegou à Igreja Maria Auxiliadora, e começou a jogar tinta, havendo discussões entre as manifestantes e outras pessoas que tentavam  proteger a igreja dos ataques.

Após discussões, observou-se que o grupo de mulheres que gritava pela legalização do aborto começou a chutar e bater em uma mulher que caiu no chão. Minutos depois ela foi socorrida por outra pessoa.

A assessora jurídica da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), Susana Inch, destacou que as fachadas das igrejas de pelo menos cinco departamentos foram danificadas. Ela afirmou que se deve trabalhar na origem da violência e que as leis não resolvem nada. “É essencial que o próprio Estado intervenha para proteger, não apenas a liberdade religiosa, mas também o patrimônio cultural e artístico”, acrescentando que a Igreja continuará seu compromisso de combater a violência.

O diretor do museu da Catedral de Santa Cruz, Marcelo Quiroz, denunciou à mídia sobre esses atos, qualificando-os de “vandalismo”, pois houve excessos dos grupos feministas que vieram ao templo.

“Insultaram, denegriram e bateram nos pastores, pessoas e até nas mulheres que vieram cuidar daquilo que é supostamente um patrimônio e que não é cuidado”, e garantiu que “a Igreja está avaliando formas de apresentar uma denúncia para que este espaço, símbolo da fé, seja respeitado”.

Por sua vez, o arcebispo de Cochabamba, Dom Óscar Aparicio, lamentou as agressões. “Não só fomos insultados e atacados (como Igreja), mas é também um ataque às nossas instituições, é uma agressão ao patrimônio cultural dos Cochabambinos”. Além disso, acrescentou que é inaceitável que, “em nome do respeito e da não violência, se gere violência”.

 

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