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Bispos de Benim: A legalização do aborto é um convite para os assassinatos

Após a aprovação do projeto de lei que favorece o aborto, a sociedade de Benim se vê dividida face ao tema

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Redação (04/11/2021 09:15, Gaudium Press) No passado 20 de outubro, foi aprovado um projeto de lei no país africano de Benim favorizando o aborto e que suscita nas últimas semanas fortes críticas. Com o a aprovação do aborto Benim é um dos poucos países africanos a autorizar esta pratica.

O projeto que legaliza o aborto em diferentes circunstâncias é considerado um convite aos assassinatos, declarou o sacerdote católico, Pe. Eric Okpéitcha, porta-voz da Conferência Episcopal do Benim.

O Pe. Okpéitcha afirmou ainda que “O aborto é um ato desumano que destrói a vida e sua legalização no Benin mantém uma cultura da morte”

O projeto de lei ainda precisa ser ratificado pelo Tribunal Constitucional antes de entrar em vigor, mas prevê e legaliza a interrupção voluntária da gestação desde que as circunstâncias possam agravar a situação material, educacional, profissional ou moral da gestante.

Em realidade, o aborto é permitido pela lei do país desde que a gravidez seja consequência de uma violação, de um incesto ou que traga risco de morte para a gestante.

Um projeto que divide a opinião da sociedade

Contudo, o novo projeto de lei prevê uma aplicação muito mais ampla sobre o assunto. Por isso, foram numerosas as iniciativas da população contra esse projeto de lei.

De seu lado, o ministro da saúde, Benjamin Hounkpatin, alega que o projeto é para favorecer a saúde pública e aliviar as dificuldades de numerosas mulheres diante de uma gravidez não desejada.

Nos últimos dias, o projeto de lei divide a sociedade do país. De um lado as associações pro-aborto felicitam a proposição de lei. Por outro lado, há os defensores da vida que criticam e lastimam a lei.

Jean-Marie Houessou, ativista dos direitos humanos, teme que a lei pode trazer consequências ruins para a vida moral das jovens do Benim, que poderão se entregar a lascívia sabendo da possibilidade do aborto. Além disso, ele afirma que o aborto é um crime e afirma: “Você não sabe si o bebê que foi abortado seria um presidente da República, um ministro”. (FM)

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