Bispo francês proíbe que seminaristas usem batina

O Arcebispo de Toulouse, Dom Kerimel encaminhou uma carta aos seminaristas na qual proíbe que os jovens estudantes usem batina

Redação (03/06/2022, 12:00, Gaudium Press) Em carta datada do dia 2 de junho, o Arcebispo de Toulouse, no sul da França, Dom Guy de Kerimel, proíbe que os seminaristas da diocese usem batina.

A missiva, que se destina aos próprios seminaristas diocesanos, começa por elogiar o desejo apostólico dos jovens que querem se tornar sacerdotes.

Contudo, na carta o Arcebispo explica que durante uma cerimônia de confirmação que celebrou no dia anterior (1º de junho), ele questionou sobre a indumentária dos seminaristas que estavam vestidos com batina e sobrepeliz.

Proibição do uso de batina para diáconos e seminaristas

Em seguida, Mons. Kerimel afirma que “não deseja que os seminaristas apareçam de maneira muito clerical”. Segundo ele, o uso da batina e da sobrepeliz “passa uma imagem muito clerical e não conforme à condição de seminaristas que ainda são fiéis leigos”.

A proibição do Arcebispo de Toulouse é clara ao afirmar na missiva que não quer o uso de batina entre os seminaristas: “Eu preciso portanto do meu desejo: o uso da batina não é permitido no seminário; é a lei em vigor. Eu peço então que esta lei se aplique fora do seminário na diocese de Toulouse, inclusive para os diáconos”.

“Imagem muito clerical”

Dom de Kerimel explica que o jovem que está em formação para o sacerdócio deve fortalecer sua relação com o Cristo e não “encarnar um personagem”.

O jovem seminarista deve “deixar crescer no seu interior a caridade pastoral e estar acessível a todos (…) antes de se preocupar em mostrar uma identidade muito marcada”.

O Arcebispo precisa que após a admissão aos ministérios é possível usar um sinal distintivo como o “colarinho romano ou uma simples cruz”.

Citando o cânon 284, a carta explica que após o diaconato, os clérigos devem usar “um hábito conveniente, segundo as regras estabelecidas pela conferência dos bispos e os costumes legítimos do lugar”. (FM)