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Bispo católico pede ao Reino Unido que preserve o domingo cristão

Uma suposta recuperação econômica não justiça degradar o domingo católico, seria estar descartando um elemento-chave da nossa identidade cristã.

Uma suposta recuperação econômica não justiça degradar o domingo católico, seria estar descartando um elemento-chave da nossa identidade cristã. 

Birmingham – Inglaterra (24/06/2020 15:07, Gaudium Press) O Bispo de Shrewsbury, Birmingham (Inglaterra), Dom Mark Davies, criticou os planos do Governo contra a preservação do domingo como dia de descanso, pois afetariam profundamente o bem-estar humano em nome de uma possível melhoria na economia afetada pela crise do coronavírus.

Intenção de aumentar o limite de horas para o comércio degrada o domingo

Dom Mark Davies, incentivou os católicos a se manifestarem contra os planos que procuram relaxar as leis comerciais dominicais no Reino Unido, aproveitando o contexto de uma economia instável afetada pelos efeitos da pandemia de coronavírus.

Durante a Missa do último domingo, na Catedral de Shrewsbury, o Bispo criticou a intenção do governo de aumentar o atual limite de seis horas para o comércio de domingo.

“À medida que saímos do isolamento, é lamentável que o Governo esteja considerando remover as proteções legais restantes no domingo para torná-lo um dia completo de comércio”, como qualquer dia.

“Por maiores que sejam as vantagens econômicas que o governo possa calcular, a perda humana certamente será maior se o domingo se converter em outro dia útil”, afirmou Dom Mark Davies, cuja diocese abrange os condados de Shropshire e Cheshire e partes de Merseyside, Derbyshire e Greater Manchester.

Degradar as principais celebrações católicas

Além disso, ainda disse Dom Davies, que eliminar as restrições comerciais do domingo poderia conduzir à degradação das principais celebrações cristãs:

“Estaríamos descartando a herança cristã de um dia de descanso compartilhado e todos os valores humanos que a observância do domingo implica”, disse.

Para Dom Mark Davies, “Em um nível mais profundo, a Grã-Bretanha estaria descartando um elemento-chave da nossa identidade cristã, porque, por extensão lógica, tanto a Páscoa quanto o Dia de Natal poderiam ser tratados como apenas sendo mais um dia útil”.

A instabilidade econômica não justifica degradar e descartar o domingo cristão

O Prelado observou também que, mesmo que a medida de “degradar o domingo, que é um dia de descanso, família, comunidade, adoração, possa melhorar marginalmente nossa economia vacilante, a decisão não estaria justificada, pois levaria a um impacto mais profundo no bem-estar humano”.

Elevar as vozes para que o domingo cristão não seja degradado

Dom Davies disse ainda aos fiéis que “este é um momento para elevar as nossas vozes, para que nosso domingo cristão não seja descartado por uma jogada política”.

A mensagem de Dom Davies pronunciada na Catedral foi divulgada através da transmissão ao vivo da Missa pelas redes sociais, pois as celebrações litúrgicas públicas não são permitidas no Reino Unido devido às restrições impostas pelo governo para conter o coronavírus.

Desde 15 de junho, as igrejas já estão abertas exclusivamente para orações privadas e individuais. (JSG)

 

 

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