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Autoridades indianas obrigam escolas a praticar orações e rituais hindus

Todas as escolas, inclusive as cristãs, estão obrigadas a homenagear a deusa do conhecimento com recitação de orações e rituais hindus.

Todas as escolas, inclusive as cristãs, estão obrigadas a homenagear a deusa do conhecimento com recitação de orações e rituais hindus.

Redação (16/02/2021, 09:55,  Gaudium Press) Uma circular emitida pelas autoridades do território federal “Dadra e Nagar Haveli e Daman e Diu”, no oeste da Índia, estabelece que em todas as escolas, estudantes de todos os níveis, terão que celebrar o denominado Vasant Panchami, um festival próprio da religião hindu que marca a preparação para a chegada de primavera e durante o qual é adorada a divindade Saraswati, tida como a deusa do conhecimento.

É bom que se recorde que há dois anos, o mesmo governo tentou cancelar a Sexta-Feira Santa como feriado oficial: a comunidade cristã foi ao Tribunal Superior de Bombaim e teve a ordem anulada.

Alunos cristãos serão obrigados a participar de rituais religiosos e recitar fórmulas de orações hindus

De acordo com as normas estabelecidas pelo governo, todas as escolas públicas e privadas, inclusive as cristãs, devem organizar o programa do festival, homenagear a divindade e, em seguida, apresentar um relatório acompanhado de fotografias dos eventos, antes de 17 de fevereiro.

Todos os colégios estão obrigados a incluir na programação das comemorações que os alunos recitem fórmulas de orações hindus e que participem também da realização de rituais hindus em todos os estabelecimentos escolares.

Forma de limitar a prática da fé, violar da liberdade religiosa e da liberdade de consciência

Segundo informações divulgadas pela Agência Fides, o “Fórum Cristão Unido” (UCF), organização que promove os direitos humanos e civis na Índia, pediu ao governo que retirasse as diretrizes que ordenam o culto às divindades hindus.

“A comunidade cristã de Dadra e Nagar Haveli e Daman e Diu sofre com a diretriz”, diz à Fides A.C. Michael, católico e Coordenador Nacional do UCF.

Os cristãos veem no decreto governamental “uma forma de limitar a prática da fé e uma violação da liberdade, bem como o direito de administrar as próprias instituições”, diz Michael, o líder leigo católico.

Para o dirigente do UFC, a conduta da administração “mina gravemente a liberdade de religião e a liberdade de estabelecer e administrar instituições educacionais, prerrogativas protegidas pela Constituição da Índia, como garantia de todas as minorias religiosas”.  (JSG)

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