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Audiência geral: Francisco exaltou o zelo apostólico do Beato José Gregorio Hernández

O Pontífice falou da necessidade de se engajar nas “grandes questões sociais, econômicas e políticas de hoje”.

Foto: Screenshot YouTube/ Vatican media

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Redação (13/09/2023 17:38, Gaudium Press) Na sequência das catequeses sobre o zelo apostólico, o Papa, na audiência geral desta quarta-feira, falou sobre a necessidade de se engajar nas “grandes questões sociais, econômicas e políticas de hoje”.

O cristão é alguém chamado a “sujar as mãos”, antes de tudo a rezar, e depois a empenhar-se na “promoção do bem, na construção da paz e da justiça na verdade”, sem perder tempo com fofocas, que são “uma praga”.

Um exemplo de alguém que se dedicou a essas tarefas foi o beato José Gregorio Hernández, o “médico dos pobres” venezuelano, que expressou seu zelo apostólico no trabalho incessante pelos pobres doentes, um trabalho que realizou até sua morte, quando foi atropelado enquanto carregava remédios.

O beato José Gregório “recebeu a fé sobretudo da mãe, como contou: ‘A minha mãe ensinou-me a virtude desde o berço, fez-me crescer no conhecimento de Deus e deu-me a caridade como guia’”. Francisco enfatizou que “são as mães que transmitem a fé. A fé é transmitida ‘em dialeto’, ou seja, com a linguagem das mães, aquele dialeto que as mães sabem falar com seus filhos. E vocês, mães, fiquem atentas a transmitirem a fé com aquele dialeto materno”.

O Pontífice destacou que a Fé foi uma estrela que norteou a existência do Beato. “Pessoa boa e radiante, de caráter alegre”, dotado de “uma inteligência marcante”, professor universitário e cientista, era sobretudo “um médico próximo dos mais fracos, tanto que era conhecido em sua terra natal como ‘o médico dos pobres'”. “À riqueza do dinheiro preferiu a do Evangelho, dedicando sua existência a ajudar os necessitados”, disse o Pontífice.

Queria ser religioso ou sacerdote, mas problemas de saúde o impediram de fazê-lo. No entanto, “a fragilidade física não o levou a fechar-se em si mesmo, mas a tornar-se um médico ainda mais sensível às necessidades dos outros”, sublinhou o Papa Francisco. O zelo apostólico é precisamente este: não seguir “as próprias aspirações”, mas estar disponível “aos desígnios de Deus”, o que, no caso do médico José Gregório, o levou a “acolher a medicina como um sacerdócio: ‘o sacerdócio da dor humana’”, confiando sempre na assistência da “graça de Deus”.

Primeiro, ele “sentia a necessidade da graça”. Ele escreveu: “Se há bons e maus no mundo, os maus estão aí porque eles mesmos se tornaram maus: mas os bons são assim com a ajuda de Deus”, ajuda que se implora na oração, na “intimidade com Deus”.

A certa altura, “sentiu-se chamado a oferecer a sua vida pela paz”, durante a I Guerra Mundial. Em 29 de junho de 1919, um amigo o visitou, encontrando-o muito feliz: “O beato José Gregório soube que o tratado para acabar com a guerra havia sido assinado. Sua oferta foi aceita, ele sentiu que sua missão na terra estava cumprida”.

Com informações Vatican News

 

 

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