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Atos em Catedral francesa: um novo modo de atentar contra a dignidade da Igreja?

Mais que sujar, numa semana, três atos incivilizados atentam contra a dignidade da Igreja, desrespeitam o ambiente sagrado, quebram a sacralidade de um templo.

Mais que sujar, numa semana, três atos incivilizados atentam contra a dignidade da Igreja, desrespeitam o ambiente sagrado, quebram a sacralidade de um templo.

Redação (07/08/2020 14:48, Gaudium Press) Um forte e desagradável odor nasce do entorno da catedral de Saint-Maclou, em Pontoise, na França, e invade seu interior.

Na manhã de domingo, quando um batismo está prestes a ser celebrado neste monumento histórico cuja construção começou no século XII, o sacristão percebeu que um indivíduo sem nenhum constrangimento, civilidade e respeito utilizava o local próximo da porta de entrada da Catedral como se fosse um banheiro público.
E lá ele deixou o produto de seu ato.

Três vezes em uma semana: atos cada vez mais afrontosos

“É a terceira vez que isso acontece em uma semana”, disse Kévin Dupuy, o responsável pela manutenção da catedral.
“Na segunda-feira, continuou Kévin, deixaram excrementos em frente à porta da frente. Na quarta-feira, alguém deixou uma grande quantidade da mesma matéria dentro do templo, perto do conjunto de imagens do Santo Sepulcro. A pessoa chegou a mover o móvel da credência para colocá-la em cima das fezes e ainda tirou a sujeira de suas mãos na toalha branca do altar.

Mais que sujar, numa semana, três atos incivilizados atentam contra a dignidade da Igreja, desrespeitam o ambiente sagrado, quebram a sacralidade de um templo.

Falta de respeito por um local de culto ou requinte para atentar contra a Igreja?

Kévin cuida da Catedral há um ano e meio e ele notou que esses atos têm se tornado cada vez mais frequentes nos últimos meses.
Durante o confinamento, ele notou em particular que alguém havia urinado ao pé de uma fonte. Ele também encontrou o mesmo líquido em várias fontes de água benta deixadas vazias por segurança e também no local onde são colocadas as velas e na mortalha da imagem de Cristo.

Numa outra ocasião, Kévin Dupuy encontrou a mesma matéria deixada em frente ao altar da Virgem: “Lá fora, isto é conhecido como incivilidade, mas, aqui dentro, não é uma coisa corriqueira, é falta de respeito por um local de culto. Algo também punível por lei”.

Tudo fica por conta da pandemia do coronavírus e das normas de restrição social?

Sem ter muita certeza, Kévin Dupuy interpreta o fato como tendo origem a partir de marginais que, à noite, ocupam regularmente a praça da Catedral.  à noite, geralmente alcoólatras, que estão na origem dessas degradações.

A interpretação que a prefeita dá ao fato é semelhante à que Kévin indica, sem muita certeza e com benevolência:
“É o problema dessas mercearias que vendem álcool fora do horário autorizado e fazem pontos de encontro para os marginalizados”, explica Stéphanie Von Euw.”
Para ela a situação evoluiu de maneira negativa, porque cidades próximas como Saint-Ouen-l’Aumône adotaram medidas drásticas e fecharam algumas lojas comerciais. As pessoas, portanto, recorrem ao Pontoise. ”

Já em julho, um vereador foi com a polícia a vários supermercados do distrito de Notre-Dame, não muito longe da Catedral de Saint-Maclou. Três deles tiveram que fechar as portas. Todos violavam os regulamentos de higiene, segurança, publicidade ou a venda de álcool.

“Existem verificações que são realizadas regularmente agora elas crescerão”, disse a prefeita.
Em setembro serão tomadas medidas suficiente para combater esse fenômeno”.

Mais que sujar, numa semana, três atos incivilizados atentam contra a dignidade da Igreja, desrespeitam o ambiente sagrado, quebram a sacralidade de um templo.

Uma grade poderia ir às causas e solucionar um problema profundo de alma?

Por sua parte, o sacristão gostaria de instalar uma grade de proteção na praça para limitar o acesso às portas da Catedral, à noite.
Ele também propõe conceder uma isenção especial aos policiais municipais para que eles possam retornar ao local sagrado com suas armas ao realizar patrulhas no setor.
“Não quero fazer uma caçada humana, mas isso pode ter um efeito dissuasivo”, conclui Kévin Dupuy. Apelo também à vigilância dos moradores para evitar qualquer comportamento suspeito. ” (JSG)

Fonte: Le Parisien

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