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Ateus alertam: o declínio do cristianismo é extremamente perigoso para a sociedade

Os pensadores ateus chegam a afirmar que o homem longe do cristianismo pode ser mergulhado em um terrível caos.

Foto: JD Designs/ Unplash

Foto: JD Designs/ Unplash

Redação (26/12/2023 11:50, Gaudium Press) O site de notícias católicas Religión en Libertad publicou um artigo, destacando a afirmação de alguns pensadores ateus de que o declínio do cristianismo está impactando a sociedade.

Douglas Murray, por exemplo, que se autoproclama “cristão ateu”, em debate com outros ateus, ressaltou que, sem o cristianismo, é muito difícil para uma sociedade aplicar os princípios do Iluminismo e que, com o passar do tempo, o projeto ateu não se sustentará.

Recentemente, Murray, ao apresentar seu último livro, The Madness of Crowds (A loucura das massas), reiterou sua convicção de que, “na ausência da capacidade dos secularistas de forjar uma visão ética sobre questões fundamentais como a santidade da vida, talvez sejamos obrigados a reconhecer que o retorno à fé é a melhor opção possível”.

Ele considera como uma possibilidade muito real que nosso conceito moderno de direitos humanos, enraizados em princípios judaico-cristãos, possa não perdurar por muito tempo após o declínio do cristianismo. “Separados da fonte, nossa concepção de direitos humanos poderia definhar e desaparecer em grande velocidade, deixando-nos tateando em uma densa e impenetrável escuridão”.

Na mesma linha, ele sublinhou que, sem o apoio do cristianismo em nossa sociedade, seremos nós que teremos que decidir o que é certo e o que é errado e, como nossas guerras culturais demonstram claramente, nossa civilização desmoronará antes de recuperar o consenso.

A convicção de Murray contraria as crenças de muitos ateus otimistas que acreditavam que, uma vez destronado Deus, seria possível viver como “adultos” e continuar com o projeto utópico de criar uma sociedade baseada na fé em nós mesmos.

Mas a constatação de que essa tese é falsa está levando alguns ateus proeminentes a admitir, a contragosto, que talvez o cristianismo seja mais necessário do que pensavam.

Até mesmo o antirreligioso, às vezes agressivo, Richard Dawkins afirmou, em 2018, que a “religião cristã benigna” talvez estivesse sendo substituída por algo decididamente menos benigno, e que se deveria recuar para discutir o que aconteceria se os apóstolos do secularismo conseguissem destruir ou eliminar o cristianismo.

Outros ateus e agnósticos, como Bill Maher e Ayaan Hirsi Ali, concordaram com a visão de Dawkins. É uma mudança radical em poucos anos, e o fato de serem os ateus que estão dando o alarme deve alertar os cristãos para as consequências da secularização atual.

Portanto, há muitos pensadores ateus que já não confiam no homem “libertado” das “superstições” cristãs, e que temem a hecatombe que pode vir com o declínio do cristianismo em diversas sociedades.

 

 

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