Arquidiocese de Manila proíbe confissões pela internet

Dom Broderick Pabillo, explica que o sacramento da Penitência exige um diálogo pessoal entre o fiel e seu confessor, sobretudo “para proteger o segredo e a sinceridade da confissão”.

Filipinas – Manila (14/05/2020 09:00, Gaudium Press) A Arquidiocese de Manila, nas Filipinas, se posicionou em relação às diretrizes que deverão ser observadas pelos fiéis assim que as atividades religiosas forem liberadas no país. Um dos destaques do documento é a proibição da confissão pela internet.

Com o objetivo de conter a difusão do coronavírus no país, o governo filipino adotou medidas de distanciamento social. No entanto, as normas governamentais impedem que sacerdotes celebrem missas públicas ou atendam confissões.

A Igreja filipina indica, em suas diretrizes para a retomada das atividades religiosas, que os confessionários deverão ser reconfigurados para que se mantenha o distanciamento físico entre os sacerdotes e os fiéis, que deverão utilizar máscaras de proteção. Quando esse distanciamento não for possível, as confissões poderão acontecer fora dos confessionários.

Confissões online nunca substituirão as presenciais

Em entrevista à UCA News, o Padre Amadeo Corpuz Alvero, da Paróquia de Santo Isidoro em MacArthur, na província de Leyte, destacou que, apesar da internet permitir aos fiéis participarem virtualmente das missas, a iniciativa online nunca substituirá as confissões feitas presencialmente.

Já o administrador da Arquidiocese de Manila, Dom Broderick Pabillo, explica que o sacramento da Penitência exige um diálogo pessoal entre o fiel e seu confessor, sobretudo “para proteger o segredo e a sinceridade da confissão”.

Conselhos espirituais

O Bispo, no entanto, diferencia o sacramento da confissão, de conselhos espirituais, explicando que a confissão online ou por telefone é proibida, entretanto, é permitido oferecer conselhos espirituais através dos diversos meios de comunicação.

Os sacerdotes podem utilizar o telefone para abençoar um paciente em quarentena e guiá-lo a um “ato de contrição perfeito”, que se completará quando o fiel, expressando Fé e amor a Deus sobre todas as coisas, manifestar sua decisão de se confessar assim que possível.

Dom Broderick recorda que o ato de contrição perfeito faz parte da tradição católica. “Deus sempre está presente entre nós, mesmo quando o sacramento da Reconciliação não é possível”, explica. (EPC)