Arcebispo Cordileone “exorciza” o lugar onde a Imagem de São Junípero foi derrubada

Um ato de reparação para pedir a misericórdia de Deus sobre a cidade.

Redação (30/06/2020 16:50, Gaudium Press) Em Golden Gate Park, no mesmo local onde, há alguns dias, uma centena de pessoas derrubou a estátua de São Junípero, um grupo de fiéis acompanhou o Arcebispo de São Francisco na recitação do Rosário e na oração exorcística ao Arcanjo São Miguel.

“Nós nos reunimos para rezar rosário e também a oração do exorcismo, a Oração a São Miguel, porque o mal está aqui; este é um ato do maligno, que quer acabar com a Igreja, que quer acabar com todos os cristãos”, afirmou Mons. Cordileone em um vídeo do dia 27 de junho.

Esta oração que Mons. Cordileone fez, invocando a intercessão do Arcanjo São Miguel contra o poder de Satanás, não é a mesma oração de exorcismo utilizada pela Igreja quando se acredita que uma pessoa é objeto de possessão diabólica.

 “Um ato sacrílego aconteceu aqui. A imagem foi blasfemamente derrubada”, continuou, “por isso, nós estamos aqui para rezar a Deus e, por intercessão dos santos, sobretudo de Nossa Senhora, em um ato de reparação, pedir a misericórdia de Deus sobre nós, sobre toda a cidade e que voltemos nossos corações a Ele”.

“Portanto, oferecemos essa oração e abençoamos este terreno com água benta para que Deus possa purificá-lo, santificá-lo, e que nós possamos ser santificados”, sublinhou o arcebispo, incentivando os católicos a orar, a jejuar e a se informar.

“Há muita coisa que as pessoas não sabem. Há muita ignorância da história real. Peço ao nosso povo que aprenda sobre a história do padre Junípero, das missões, de toda a história da Igreja, para que possam apreciar o grande legado que a Igreja nos deixou”.

A estátua de São Junípero Serra foi derrubada em Golden Gate Park, na noite do dia 19 de Junho, por uma centena de manifestantes, que o acusavam de ser um símbolo do colonialismo europeu e que as missões envolviam os indígenas em trabalhos forçados, alegando que o próprio São Junípero era abusivo.

Biógrafos de Junípero relatam exatamente o contrário; ele defendia a dignidade da comunidade nativa, protegendo-a de maus-tratos e abusos.

Mons. Cordileone acrescentou que São Junípero “fez sacrifícios heroicos para proteger os indígenas da Califórnia contra os conquistadores espanhóis, principalmente dos soldados. Mesmo com sua perna enfraquecida que lhe causava tanta dor, caminhou até a Cidade do México para obter poderes  especiais do governo do vice-rei da Espanha, a fim de disciplinar os militares que estavam abusando dos índios”.

O arcebispo de São Francisco assegurou, também, que a presença dos fiéis foi de grande consolo para ele. “Sinto uma ferida tão profunda em minha alma quando vejo esses horríveis atos de blasfêmia depreciando a memória de um grande herói, um grande defensor dos povos indígenas desta terra”.

Resumo e informações da agência Crux