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Algo acontece na França: família católica ganha ‘show de talento’ com música sacra

A família Lefévre venceu o concurso “A França tem um talento incrível”

Foto: Famille Chrétienne

Foto: Famille Chrétienne

Redação (16/12/2020 18:05, Gaudium Press) Algo estranho, de bom, nas profundezas da ‘mentalidade coletiva’, está acontecendo na França.

Foi um movimento de base, como se diz atualmente, que conseguiu que os católicos pudessem agora ir à missa, sempre respeitando as normas da biossegurança, e a contragosto do governo, por vezes à la Robespierre, de Macron.

Agora, foi uma família católica, de seis filhos, de Versalhes, que venceu um dos mais importantes shows de talentos do país: “La France a un incroyable talent”, ou “France’s Got Talent”, em inglês.

Um formato mundial – Uma família que é encantadora

O formato, conhecido no mundo inteiro, permite que pessoas ou grupos apresentem a um júri e ao público algumas de suas capacidades em diferentes áreas, como música, dança, culinária, etc. Esta competição desenvolve-se ao longo de vários episódios do programa. Os participantes vão percorrendo as etapas até que, com os votos ao vivo dos telespectadores, um vencedor é escolhido.

Nesta edição de 2020, a França escolheu uma numerosa família católica que canta músicas sacras. Algo “estranho”. E odioso para não poucos.

Como um dos meninos testou positivo para o coronavírus, na final, eles tiveram que participar de casa, o que fizeram com uma seleção própria de cânticos natalinos. De saída, isso os ajudou a obter a simpatia do público, porque as pessoas estavam interessadas tanto em seus atos como em suas vidas, e assim puderam conhecê-los em seu ambiente doméstico.

É verdade: a família de Lefèvre é um encanto…

Anne e Gabriel devem ter cerca de 40 anos, e de sua união segue, em escada, seis filhos: quatro homens e duas mulheres, cada um com sua peculiaridade, sua voz, sua personalidade, seus traços fisionômicos parecidos mais com o pai ou com a mãe. Quem mais encantou foi o caçula, um rebento de cerca de sete anos de idade.

A verdade é que, ao longo do concurso, muitos franceses foram se emocionando não apenas com suas vozes e interpretações perfeitas – em seus próprios arranjos percebe-se que eles têm vasta cultura musical, embora sejam amadores – mas também com a convivência familiar harmoniosa que se revelava, apresentação após apresentação, fazendo com que muitos franceses quisessem participar da vida interna da família Lefèvre.

A característica que talvez mais encantou: a união familiar proveniente de uma admiração mútua. E no fundo, o aroma católico, a piedade católica.

Algo profundo

França, França, a França laica, ameaçada hoje em sua identidade, na noção de sua dignidade; talvez os belos fantasmas de seu passado glorioso começaram a vagar pelos campos e em muitos corações, e a França profunda está tendo anseios pelo o que um dia foi, a Doce e Bela, a Filha Primogênita da Igreja, a França de Notre-Dame e Chambord, dos valentes e elegantes cavaleiros, a França de São João Eudes, de Santa Joana Francisca viúva de Chantal, da Medalha Milagrosa e de Santa Catarina, de Lourdes e Maria Antonieta, a França do mais fino rebento da civilização cristã, o auge do refinamento na vida familiar e social.

Algo de bom, de muito bom, parece que começou a acontecer na França…

Saúl Castiblanco

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