Afinal, o Sangue de San Gennaro se liquefez
Os fiéis suspiraram aliviados, pois a falta do milagre sempre esteve ligada a acontecimentos trágicos.
Redação (03/05/2021 09:38, Gaudium Press) A liquefação do sangue de São Januário (San Gennaro), padroeiro de Nápoles, ocorre 3 vezes ao ano: 19 de setembro – festa de S. Januário – 16 de dezembro – dia em que foi feita uma procissão com as relíquias de S. Januário para pedir a não-erupção do vulcão Vesúvio no ano de 1631 – e no sábado que antecede o primeiro domingo de maio – data da primeira trasladação do corpo do santo.
Geralmente o relicário contendo o sangue de San Gennaro é retirado do cofre da Capela e levado em procissão ao altar-mor da Catedral para iniciar a Celebração Eucarística. Se a prodigiosa liquefação do Sangue ocorrer, o Arcebispo anuncia à Assembleia.
No sábado passado, que antecedeu o primeiro domingo de maio, o Sangue do santo não se liquefez na primeira tentativa.
Quando a liquefação não se verifica imediatamente, iniciam-se preces coletivas. Se o milagre tarda, os fiéis rezam orações penitenciais pelos seus pecados.
Assim, o Bispo de Nápoles, Mons. Mimmo Battaglia, entregou o relicário ao Cardeal Crescenzio Sepe para que fizesse uma segunda tentativa. Mesmo após as orações de todos os fiéis, o sangue também não se liquefez. O bispo Battaglia foi ao átrio da Catedral para abençoar o povo napolitano.
Acontece o milagre
No entanto, no dia seguinte, domingo às 17:18 (hora local), Mons. Doriano anunciou:
“O prodígio da liquefação do Sangue ocorreu! Havia um grande nódulo no meio da relíquia, mas de repente o sangue começou a se liquefazer… Viva San Gennaro!!!”
A população suspirou aliviada, pois segunda a tradição, se a liquefação não ocorre, é prenúncio de acontecimentos ruins.
Sem procissão
Pelo segundo ano consecutivo, a procissão que antecede a cerimônia não ocorreu devido a Covid19. “Tradicionalmente hoje – disse Mons. Battaglia, na abertura das celebrações – seria o dia em se faria a procissão pelas ruas da cidade, mas ainda este ano não é possível por causa da emergência pandêmica. Estamos na Catedral com um número limitado de fiéis, mas com a certeza de que se a liturgia não pode se desenrolar pelas ruas, são os habitantes que entram na catedral através de nossa oração e lembrança”.
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