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Advogado analisa declarações de Dom Paglia sobre as ‘partes boas’ da lei abortista

O Presidente da Pontifícia Academia para a Vida disse que a lei abortista 194 era um “pilar” da sociedade italiana.

Foto: Jon Tyson/ Unplash

Foto: Jon Tyson/ Unplash

Redação (10/09/2022 09:27, Gaudium Press) No blog muito visitado de Marco Tosatti, surgiu nestes dias uma interessante reflexão do advogado Giovanni Formicola, na qual analisa as recentes declarações de Dom Vincenzo Paglia, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, quando afirmou, na Rai 3, que a lei abortista 194 era um “pilar” da sociedade. O Bispo declarou também que havia elementos bons nessa lei, como um certo apoio à maternidade, que não tinham sido desenvolvidos.

Analisando essas declarações, Giovanni Formicola lembra primeiro que essa “lei perversa” foi a que introduziu “um verdadeiro ‘direito ao aborto’ em nosso ordenamento jurídico italiano”. E prossegue afirmando que as mencionadas ‘partes boas’ da Lei 194 são apenas “folhas de figueira para cobrir a vergonha da própria abominação”.

É maquiagem, folhas de figueira para cobrir a vergonha

Ele sustenta que as referidas ‘partes boas’ desta lei sobre a matança de inocentes são apenas cosméticas, constatando que após mais de 40 anos de sua promulgação, e após vários governos e maiorias parlamentares, essas “’partes boas’ não foram implementadas”, e que isso é “só porque não há nada a implementar: são estranhas ao sentido das normas que a lei prevê, são apenas uma folha de figueira, que permite às ‘belas almas’, em que os bons se transformaram, olhe para ela sem vergonha, aliás, até com um pouco de admiração.

Formicola afirma que, amparados por essa lei, os abortistas consideram o aborto um valor, um “pilar” da sociedade italiana, e que qualquer coisa que possa contradizer esse “pilar” – como, por exemplo, propostas para informar com uma ultrassonografia as mães que desejam abortar seu filho, ou enterrar essas crianças assassinadas como seres humanos –  enche-os de raiva e indignação.

“Para os abortistas, o aborto é um “valor”, é um dos pilares de uma sociedade construída sobre o antiprincípio da liberação total do ego e de seus desejos e, portanto, também, da separação do prazer sexual de seus efeitos benéficos e procriativos naturais: com anticoncepcionais, com abortos, com atos contra a natureza. E, portanto, não se toca no assunto aborto”, ressalta o advogado.

Formicola expressa isso justamente temendo a indignação dos abortistas: “quem deveria estar na linha de frente para ‘tocar no assunto’ [ aborto] teme agressão viscosa e se cala, se autocensura, dialoga e se faz uma ‘alma bela’ em busca de um plano aceitável (acreditam) para todos”.

O advogado conclui dizendo que o centro da questão deste assunto “não são os maus”, “mas a natureza comprometedora das ‘almas belas'”, que “buscam o bem onde não há, e evitam afirmar este bem como tal”.

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