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“A vida espiritual do cristão não é pacífica”, ensina Papa Francisco

“A unção catecumenal não tem perfume e anuncia simbolicamente que a vida é uma luta. Ela deixa claro que o cristão não é poupado dessa luta e que deve lutar”, explicou.

A vida espiritual do cristao nao e pacifica ensina Papa Francisco 1

Cidade do Vaticano (03/01/2024 14:46, Gaudium Press) Na manhã desta quarta-feira, 3 de janeiro, durante a primeira Audiência Geral do ano, o Papa Francisco continuou suas reflexões sobre vícios e virtudes iniciadas na semana passada. Realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, diante de um auditório repleto de fiéis, a catequese seguiu o tema: ‘O combate espiritual’.

A vida é uma luta e o cristão deve lutar

O Santo Padre iniciou a catequese falando sobre a luta espiritual do cristão. Segundo ele, “a vida espiritual do cristão não é pacífica, linear e isenta de desafios, mas, pelo contrário, exige um combate contínuo. O combate cristão para conservar a Fé e para enriquecer o dom da Fé em nós”.

De acordo com o Pontífice, isso fica claro na primeira unção que todo cristão recebe no Sacramento do Batismo. “A unção catecumenal não tem perfume e anuncia simbolicamente que a vida é uma luta. Ela deixa imediatamente claro que o cristão não é poupado da luta, que um cristão deve lutar”, explicou.

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Foto: Vatican Media.

Suprima as tentações, e ninguém será salvo

Recordando um ditado atribuído a Santo Antão, que diz “suprima as tentações, e ninguém será salvo”, Francisco assegurou que os Santos não foram poupados das tentações, mas foram pessoas que tinham consciência “de que as seduções do mal aparecem repetidamente na vida, para serem desmascaradas e rejeitadas”.

Em seguida, advertiu que “todos somos tentados e temos de lutar para não cair nessas tentações”, além disso, “nenhum de nós está em ordem e se alguém estiver em ordem, está sonhando. Em cada um de nós há muitas coisas para consertar e vigiar também. Todos somos pecadores e um pouco de exame de consciência, de introversão nos fará bem”.

“Todos devemos pedir a Deus a graça de nos reconhecermos como pobres pecadores, necessitados de conversão, mantendo no coração a confiança de que nenhum pecado é demasiado grande para a infinita misericórdia de Deus Pai. Essa é a lição inaugural que Jesus nos dá”, ressaltou.

Jesus nunca se esquece de perdoar

Por fim, o Papa frisou que não devemos nos esquecer de que Jesus nunca nos deixa sozinhos. “Jesus está junto de nós para nos ajudar e proteger e para nos ajudar a nos levantar depois do pecado. Jesus perdoa tudo. Ele veio para perdoar, para salvar. Jesus quer apenas o nosso coração aberto. Ele nunca se esquece de perdoar. Somos nós que muitas vezes perdemos a capacidade de pedir perdão”.

Concluindo sua reflexão, Francisco convidou os fiéis para que retomem a capacidade de pedir perdão. “Cada um de nós tem muitas coisas para pedir perdão. Cada um pense e fale com Jesus sobre isso: Senhor, preciso que você não se afaste de mim, preciso que você me perdoe. Senhor, sou um pecador, uma pecadora, mas, por favor, não se afaste. Esta seria hoje uma bonita oração a Jesus: Senhor, não se afaste de mim”. (EPC)

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