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A oração como meio indispensável de salvação

O Evangelho deste 29º Domingo do Tempo Comum ensina-nos que nossa oração deve estar intimamente unida à vontade de Deus ademais de robustecida por uma fé ardente.

Cinco razoes para se rezar o Santo Rosario diariamente 1

 Redação (16/10/2022 09:51, Gaudium Press) Deus sempre deseja beneficiar as suas criaturas, pois a sua Bondade é sôfrega de dispensar a nós os seus infinitos dons. Por isso, quando Jesus se encarnou, Ele passou a sua existência terrena fazendo o bem àqueles que d’Ele se acercavam: fisicamente, como podemos constatar pelos inúmeros prodígios e curas; espiritualmente, convertendo e perdoando os pecadores arrependidos, abrindo-lhes das portas do céu que, outrora, haviam sido fechadas aos degradados filhos de Eva.

De modo análogo, as parábolas proferidas pelos lábios sacrossantos de Jesus possuíam como finalidade fazer bem àqueles que se encontravam ao seu redor e à posteridade. Exemplo disto, a parábola do Bom Samaritano e a história daquele pastor que vai à busca da ovelha externam o zelo e o amor dispensado por Deus aos homens; mas, sobretudo, inspiram uma confiança ilimitada no perdão insondável do Pai, cujo paradigma evangélico encontra-se na parábola do filho pródigo.

Rezar e ter fé

Ora, na liturgia deste domingo, nós nos deparamos mais uma vez com uma parábola. O evangelista enuncia, à guisa de introdução, a necessidade da oração como princípio fundamental de nossas vidas:

“Naquele tempo, Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre e nunca desistir” (Lc 18,1).

De fato, o que é mais importante para nós do que a oração? Quantas vezes nós nos encontramos em meio a perigos, tribulações e dificuldades, e sentimo-nos necessitados da proteção divina. Vemo-nos, por nossas debilidades e fraquezas, obrigados a recorrer ao nosso Criador, pois este é o meio que temos de receber o seu auxílio.

Os Evangelhos nos contam, não poucas vezes, episódios em que Cristo se retirou para rezar a sós. Assim o fez pouco antes de eleger seus discípulos, nos quarenta dias de jejum e abstinência que antecederam as suas três tentações, como também antes de sua dolorosa Paixão. Por meio de tão belos exemplos, procurou Ele tornar patente a todos os seus seguidores, até o fim dos tempos, a necessidade absoluta de rezar a Deus.

Inúmeros fatos ao longo da história comprovam o seu poder: foi pela oração de Abraão que Ló e sua família foram salvos em meio a um terrível castigo infligido por Deus aos habitantes pecaminosos de Sodoma e Gomorra. A vitória das tropas de Josué na luta contra os amalecitas dependeu da súplica incessante de Moisés. E, mais do que tudo isso, foi a rogos de Maria Santíssima que Jesus operou o seu primeiro milagre nas bodas de Canaã.

De fato, a oração nos é indispensável.

Contudo, Deus parece às vezes fazer o papel do juiz da parábola de hoje. Rezamos, pedimos e imploramos algo d’Ele repetidamente e com afinco, sem, entretanto, lograr êxito. As nossas mãos, à semelhança de Moisés (cf. Ex 17,12), se tornam pesadas por estarem tanto tempo erguidas em súplica para alcançarmos a vitória contra os inimigos de nossa salvação.

Qual deve ser a nossa reação diante dessas situações?

O Evangelho desse domingo conclui com a seguinte frase:

“Mas o Filho do Homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18,8).

Eis aqui a resposta. Cabe a nós, em nossas orações, sempre mantermos acesa a tocha da fé em nossas almas. Devemos nutrir uma convicção absoluta que Deus nos fará justiça bem depressa (cf. Lc 18,8).

Muitas vezes, nosso Senhor nos faz esperar; no entanto, faz isto para o nosso bem, para que compreendamos que o que Ele deseja para nós é, sem dúvida, o melhor.

Dessa maneira, somos convidados hoje a crescer em uma conformidade completa com a vontade divina, tendo fé convicta de que, apesar das aparências contrárias, “Deus fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele” (Lc 18,7).

Assim, quando o Filho do Homem vier à terra, poderá ainda encontrar homens cheios de fé.

Por Jerome Sequeira Vaz

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