A grandeza oculta e o papel de São José neste século
Deus preparou um varão cujos incomensuráveis dons e privilégios resumir-se-iam em dois títulos excelsos: pai virginal de Jesus e esposo da Virgem Maria!
Redação (18/03/2021 09:54, Gaudium Press) São José, Príncipe da Casa de David, nobre da família real, pois dela ia nascer o esperado das nações, bate às portas e é rechaçado. Procura um abrigo para Nossa Senhora prestes a dar à luz o seu divino Filho e vê que lhes recusam lugar nas hospedarias de Belém.
Despedem a quem representava algo que a mediocridade de alguns homens sempre rejeitou, ou seja, a distinção, a majestade, enfim porque simbolizava a grandeza e a sublimidade do próprio Verbo Encarnado que Maria Santíssima trazia consigo.
Foi esta a primeira glória de São José, sua especial bem-aventurança: de ter sido recusado no momento mais augusto da História. Nesse sentido, prenunciava em sua pessoa a renúncia tão mais amarga que Nosso Senhor Jesus Cristo sofreria mais tarde, culminando na crucifixão e morte no Calvário.
Sucessivas glórias e bem-aventuranças
Logo depois, São José teve a glória de conduzir Nossa Senhora aos arredores de Belém, e de se refugiar com Ela num lugar solitário, numa gruta que servia de habitação aos animais. Ali A acomodou e ali esteve, por amor à virtude, sozinho e abandonado dos outros homens. Ali também lhe foi dada a suprema felicidade de presenciar o nascimento do Salvador.
A partir de então podemos dizer que as glórias se acumulam sobre São José, mas — oh! paradoxo! — quase todas negativas. Por exemplo, a de ser um homem apagado, do qual não se fala, ou a ele se referem com menosprezo. “Este (diziam os que zombavam de Nosso Senhor) não é filho daquele carpinteiro? Um filho de mero carpinteiro não pode ser Deus”. O que significa tomar São José como um fator de descrédito para o próprio Messias.
Os evangelistas são lacônicos ao mencionarem a figura do pai do Menino Jesus. Transparece nesse quase anonimato a glória daquele que padeceu, previamente, as humilhações e todo o peso da renúncia que devia cair sobre Nosso Senhor.
Bem-aventurado São José, que sofreu por amor à justiça, assim como bem-aventurado porque nele se cumpriam todas as bem-aventuranças que o Divino Mestre enumerou no sermão da montanha.
Varão bem-aventurado entre os homens, abaixo do próprio Jesus e de Maria Santíssima, limpo de coração como nenhum outro, porque esposo virginal da Virgem por excelência.
A atuação de São José neste século
No entanto, muitas verdades ainda não manifestadas sobre a pessoa de São José devem ser proclamadas do alto dos telhados, a fim de deixar patente a grandeza oculta desse varão. Tanto mais que, nesta hora de crise e de tragédia na qual se encontra o mundo e a Igreja, sua figura há de tomar um realce providencial.
O casto esposo de Maria aparecerá em todo o seu esplendor, como nunca antes na História, para que os fiéis recorram a ele enquanto insigne defensor dos bons. Sim, São José já foi proclamado Patrono da Santa Igreja, mas ainda não mostrou à humanidade a força de seu braço.
Estão chegando os dias em que, sob o amparo do pai virginal de Jesus, os escolhidos de Deus farão grandes proezas a fim de instaurar o Reino de Cristo sobre a terra, Reino de paz e de pureza, Reino também, por que não dizê-lo, de Maria e de José.
Com efeito, a atuação de São José no terceiro milênio há de ser decisiva. Não foi por acaso que, na última aparição de Nossa Senhora em Fátima, os pastorinhos viram-no abençoar o mundo por três vezes.
O alcance profético dessas bênçãos ainda está por ser explicitado, mas, sem dúvida, elas marcarão os acontecimentos vindouros e terão um papel determinante para o cumprimento da promessa feita pela Santíssima Virgem na Cova da Iria: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.
Texto extraído, com adaptações, de:
Conferências em 19/3/1966 e 18/3/1967 por Plinio Corrêa de Oliveira.
Livro: São José: Quem o conhece? p.27. Por Mons João Scognamiglio Clá Dias, EP.
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