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A “Fratelli Tutti” é a 299ª encíclica da história da Igreja

O Papa Francisco assinou sua terceira Encíclica, a “Fratelli Tutti”, em uma cerimônia que aconteceu junto ao túmulo de São Francisco de Assis.

O Papa Francisco assinou sua terceira Encíclica, a “Fratelli Tutti”, em uma cerimónia que aconteceu junto ao túmulo de São Francisco de Assis.
Redação (05/10/2020, 13:20, Gaudium Press) A Encíclica “Fratelli Tutti” que o Papa Francisco assinou na cidade de Assis, junto ao túmulo de São Francisco é historicamente o 299º documento desse gênero publicado pela Igreja desde de seu início.

As encíclicas são tradicionalmente assinadas no Vaticano. A encíclica ‘Fratelli Tutti’, contudo, foi assinada junto ao túmulo de São Francisco de Assis, após a celebração da Missa a que o Papa presidiu, e na qual não pronunciou nenhuma homilia. Esta foi a quarta visita do Papa a Assis.

A viagem do Papa Francisco a Assis foi a primeira depois do confinamento provocado pela pandemia do coronavírus, há sete meses, e decorreu de forma privada, devido à situação sanitária.

“Encíclica”: historicamente é uma carta circular que o Papa enviava às Igrejas em comunhão com Roma, desde o início

A palavra ‘encíclica’ vem do grego e significa ‘circular’. Trata-se de uma carta que o Papa enviava às Igrejas em comunhão com Roma, já desde o seu início histórico.

A abrangência de uma Encíclica sempre foi universal e nela o Papa empenha a sua autoridade como Pontífice e primeiro responsável pela Igreja Católica.

“Fratelli Tutti”: a terceira Encíclica do Papa Francisco

“Fratelli Tutti”, –que pode ser traduzida livremente como “A todos os irmãos”– remete para os escritos de São Francisco de Assis, o Santo medieval que inspirou o cardeal Bergóglio a escolher o nome Francisco com o qual subiu ao sólio pontifício.

As duas anteriores encíclicas do atual pontificado foram a ‘Lumen Fidei’, (a luz da Fé), escrita em 2013 onde Francisco recolhe reflexões de Bento XVI a propósito da Fé; e a ‘Laudato Si’, escrita em 2015, e que trata da ecologia integral.

O mais imediato antecessor do Papa Francisco, Bento XVI, publicou três encíclicas durante seu pontificado exercido de 2005 a 2013; João Paulo II, segundo mais próximo antecessor de Francisco, escreveu 14 encíclicas entre os anos 1979 e 2003.

O Papa Francisco assinou sua terceira Encíclica, a “Fratelli Tutti”, em uma cerimónia que aconteceu junto ao túmulo de São Francisco de Assis.

Leão XIII, o Papa que escreveu 86 Encíclicas

A História dos Papas registra que o Pontífice mais fecundo quanto ao número deste tipo de cartas foi Leão XIII: ele escreveu 86 encíclicas – embora muitos desses textos fossem, nos nossos dias, classificados como Cartas Apostólicas ou Mensagens.

O título de uma encíclica é o início de seu texto, na sua versão oficial, habitualmente em latim, o que não acontece com a ‘Fratelli Tutti’.

A nova encíclica é dedicada à “fraternidade” e à “amizade social”, como anunciou o Vatican News, e o título original em italiano vai permanecer sem tradução em todos os idiomas em que o documento for distribuído.

A quem são dirigidas as Encíclicas

A encíclica foi sempre uma correspondência eclesiástica. Na Igreja os bispos enviavam frequentemente cartas a outros bispos, para assegurar a unidade entre a doutrina e a vida eclesial.

Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que reavivou este costume, enviando “cartas circulares” a outros bispos, abordando temas de doutrina, moral ou disciplina que afetavam toda a Igreja. Foi com Gregório XVI (1831-1846) que o termo “encíclica” tornou-se de uso geral.

Quando tratam de questões sociais, econômicas ou políticas, as encíclicas são dirigidas, não só aos católicos, mas também a todos os ‘homens e mulheres de boa vontade’, uma prática que foi iniciada pelo Papa João XXIII com a sua encíclica ‘Pacem in terris’ (1963). (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Ecclesia-FotoVatican News e The American Catholic)

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