A Basílica de Latrão: símbolo da fé
Sede do Papa, herança preciosa e palco da expansão do catolicismo, a Basílica de Latrão tornou-se símbolo da fé católica.
Redação (09/11/2020 11:50, Gaudium Press) De alongadas naves, cujo vigamento está assentado sobre suas colunatas, completada por um vestíbulo e uma abside, na qual se situa seu altar, a Basílica de Latrão[1] está erigida sobre os alicerces do então chamado o “novo quartel”[2] dos soldados da cavalaria imperial de Sétimo Severo (193-211 d. C.), antigo local onde residia a elite do exército romano.
Quando, sob o comando do usurpador Maxêncio, a elite da cavalaria romana foi derrotada na batalha da Ponte Mílvia por Constantino, o legítimo imperador mandou que o quartel fosse completamente destruído por suas tropas.
No entanto, o terreno do referido quartel foi ofertado à chamada “gente laterana”, recém elevada à nobreza com a nomeação de Sêxtio Laterano, o cônsul.
Após a liberação do culto católico nos domínios romanos pelo Edito de Milão (313 d. C.), a mencionada área foi doada por Constantino ao Bispo de Roma, e nela edificadas novas dependências.
A partir de então, a Basílica de Latrão foi utilizada como principal sede papal.
Testemunha das perseguições sofridas pela Igreja no tempo das catacumbas e da liberdade de culto, franqueada por Constantino, a Basílica de Latrão tornou-se palco da história da Igreja, e uma de suas maiores heranças.
Tendo acompanhado a expansão do catolicismo por todo o orbe, relembrar a importância desta edificação cumpre ser dever e reconhecimento.
Assim, ainda hoje, ela pode ser considerada uma obra digna de nossa admiração e símbolo da fé, pois suas paredes confirmam a promessa do Salvador acerca da perenidade da Igreja Católica, Apostólica e Romana.
Por Renan Costa
[1] Archibasilica Sanctissimi Salvatoris et Sanctorum Iohannes Baptista et Evangelista in Laterano.
[2] Castra Nova equitum singularium.
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