Arquidiocese nos EUA convida a reflexão sobre o fim dos tempos

Estados Unidos – Detroit (Sexta-feira, 23-11-2018, Gaudium Press) O sacerdote Charles Fox, pertencente à Arquidiocese de Detroit, Estados Unidos, e membro da Faculdade de Teologia do Seminário Maior do Sagrado Coração, propôs algumas formas de viver a esperança na segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo de uma maneira prática nas comunidades paroquiais.

Para ilustrar sua ideia, recordou a imagem dos pregadores de rua que levam cartazes com a frase “O Fim Está Próximo” e que são frequentemente caricaturados na sociedade norte-americana. “No afã da sociedade de se divertir a custa de uma pessoa como esta, um fato incômodo mas crítico é frequentemente esquecido: o fim está próximo”, indicou o sacerdote. “É fácil viver em negação da verdade de que o mundo vai terminar e de que poderia acontecer em qualquer momento. Mas nossa negação não muda o fato de que vai terminar e de que poderia ocorrer em qualquer momento”, advertiu o Padre Fox. “Quando nos aproximamos do final do ano litúrgico da Igreja, nos focamos no fim dos tempos e na segunda vinda do Senhor Jesus. Este enfoque continua durante a primeira parte da temporada de Advento, que dá início a um novo ano litúrgico”.

Por este motivo, os fiéis não apenas são chamados a comemorar as celebrações da liturgia católica neste sentido, mas a aplicar esta verdade de Fé à vida individual e às famílias. “A Igreja é uma ‘comunidade de fim dos tempos’ porque ela é um sinal vivo de que este mundo não é a última realidade. Para colocar de maneira contundente, há mais na vida do que os smartfones e a cultura culinária”, comentou o sacerdote. “Há mais nesta vida do que fazer dinheiro ou saber quem ganhou as últimas eleições. Existe outro mundo, um mundo maior que virá e o muro que separa este mundo e esse outro mundo eventualmente e definitivamente cairá”.

O Padre Fox propôs que esse muro de separação já tem algumas rachaduras através das quais a luz do mundo por vir está chegando. É por isso que Jesus Cristo convida os seus discípulos a serem a “luz do mundo”, chamado que o sacerdote estende à vida das paróquias que devem “iluminar com a luz do céu e portanto libertar o Evangelho na sociedade mais ampla”.

Cinco formas práticas de levar a luz do Céu

Para fazê-lo, o Padre Fox sugeriu cinco formas práticas nas quais as paróquias podem refletir em sua vida a esperança da Nova Jerusalém. A primeira delas é a Comunidade, acolhendo aos que podem se sentir sozinhos e oferecendo um profundo sentido na vida deles e um propósito através da combinação da oração, da liturgia, da formação e dos eventos sociais para as pessoas de todas as idades. “Inclusive em uma escala meramente humana não há outro grupo que possa oferecer exatamente o que uma paróquia católica oferece”, comentou o sacerdote.

Outra das formas nas quais se pode viver esta espiritualidade é através das Conversões, frequentes na Igreja dos Estados Unidos. “Aqueles que entram na Igreja dão um testemunho claro da verdade de que este mundo não é suficiente”, recordou o Padre Fox. A terceira forma de levar luz ao mundo é através da Oração. “Em um mundo de ruído e distração quase constante, nossas paróquias são um Santuário de oração. Particularmente quando as igrejas paroquiais estão abertas para a oração em vários momentos durante o dia ou a noite, as pessoas chegam a ver o valor de ter um lugar onde deter-se e empregar o tempo na contemplação silenciosa de Deus e de sua relação com Ele”.

A Verdade, a Bondade e a Beleza foram descritos como um quarto caminho, já que constituem “claros sinais do Reino de Deus em um mundo que substitui frequentemente a opinião e os sentimentos pela Verdade, a conveniência do prazer pela Bondade e a eficiência e o Conforto pela Beleza”, expôs o sacerdote. “Este tempo de libertar o Evangelho nos dá uma grande oportunidade de revisar o que nossas paróquias fazem bem e o que necessitamos melhorar para mostrar às pessoas a Verdade, a Bondade e a Beleza do Evangelho”.

Finalmente é através da Eucaristia que a paróquia pode levar a luz do céu à sociedade local. “Em nenhum outro momento e em nenhum outro lugar a luz do céu brilha mais que durante a Santa Missa e em nenhum outro tempo, nem em outra forma somos mais poderosamente feitos como Cristo e preparados para a vida no mundo por vir”, concluiu o sacerdote. “Ao centrar nossas vidas no Senhor Jesus Eucarístico, mostramos aos nossos vizinhos que temos um tesouro e um destino que não são deste mundo. Muitos conversos à Fé Católica testificaram que foi a Eucaristia, mais que qualquer outra coisa, o que os atraiu à Igreja”. (EPC)