Mais que um evento social, o matrimônio é um Sacramento, afirma o Papa

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 28-09-2018, Gaudium Press) Em um discurso pronunciado na Basílica de São João de Latrão, na quinta-feira, o Pontífice afirmou que “o matrimônio não é somente um evento ‘social’, mas um verdadeiro Sacramento que comporta uma preparação adequada e uma celebração consciente”.

Esta declaração foi feita aos participantes do curso promovido pela Diocese de Roma e o Tribunal da Rota sobre matrimônio e família naquela Basílica Romana.

Na justificação deste curso, informa-se que seu objetivo é “examinar os desafios e projetos pastorais relacionados à família, considerada Igreja doméstica e santuário da vida”.

Palavras do Papa

“O vínculo matrimonial requer da parte dos noivos uma escolha consciente, que pondere a vontade de construir juntos algo que jamais deverá ser traído ou abandonado”, sublinhou Francisco em seu discurso.

Para ele, “a raiz última dos problemas, que se apresentam após a celebração do sacramento nupcial, deve se procurar não somente numa imaturidade escondida e remota manifesta inesperadamente, mas, sobretudo na fraqueza da fé cristã e na falta de acompanhamento eclesial”.

É por isso que existe a necessidade de “um catecumenato permanente para o Sacramento do matrimônio que diz respeito à sua preparação, celebração e aos primeiros tempos sucessivos. É um caminho partilhado entre sacerdotes, agentes pastorais e esposos cristãos”, disse Francisco que continuou justificando a necessidade de um “catecumenato permanente”:

“O acompanhamento do ministro ordinário ajudará os futuros esposos a compreender que o casamento entre um homem e uma mulher é sinal de união esponsal entre Cristo e a Igreja, tornando-se conscientes do significado profundo do passo que estão dando”.

Francisco destacou ainda que “nos cursos de preparação para o matrimônio é indispensável retomar a catequese de iniciação cristã à fé, cujos conteúdos devem ser lidos pelos esposos”.
Após as núpcias

Para encerrar suas palavras, Francisco ainda disse que “Através de uma atitude de acolhida sincera do casal, uma linguagem adequada e uma apresentação clara dos conteúdos, é possível ativar dinâmicas que superem lacunas difusas: seja a falta de formação catequética, a carência de um sentido filial da Igreja…”.

Para o Pontífice, “a maior eficácia do cuidado pastoral se realiza onde o acompanhamento não cessa com a celebração das núpcias, prossegue ao menos nos primeiros anos de vida conjugal”.

E, então, por esse motivo, o Papa propôs “colóquios personalizados e momentos comunitários para tentar ajudá-los com os instrumentos e com o apoio necessário para viver a sua vocação”. (JSG)