Após incêndio em 1997, tradicional capela é reaberta em Turim, na Itália

Turim – Itália (Quinta-feira, 27-09-2018, Gaudium Press) A atmosfera festiva e alegre é o que foi vivenciado na manhã desta quinta-feira, 27 de setembro, com a reabertura na Catedral de Turim da Capela Guarino Guarini, que chegou a abrigar o Santo Sudário. O local, considerado uma das principais obras da arquitetura barroca, foi completamente destruído após um incêndio ocorrido em 1997.

“Estou feliz e honrado por estar aqui, para ver restaurada para a cidade e para o mundo esta capela quase em sua totalidade após 21 anos de muito trabalho e desafios à inteligência e à tecnologia”, disse o Arcebispo de Turim e Guardião do Sudário, Dom Cesare Nosiglia, durante cerimônia de reabertura da capela”.

Em seguida, o prelado agradeceu a todos que permitiam a reabertura da capela do Santo Sudário. “Agradeço, portanto, a todos aqueles que permitiram alcançar com seu compromisso intenso e competente a atual reabertura ao público desta joia da arquitetura barroca e da religiosidade de Turim, reconhecida como patrimônio mundial da Unesco”.

Ainda conforme Dom Cesare, a capela “é uma obra completa, fascinante por sua genialidade ascética que o arquiteto Guarino Guarini soube infundir. Uma genialidade que se transfigura em beleza absoluta para o local destinado a acolher um dos mais importantes tesouros do cristianismo: o Santo Sudário”.

A capela foi encomendada pelo duque Carlos Manuel I de Saboia (1580-1630) a Carlos de Castellamonte para manter conservado o Sudário, objeto tido como precioso e então o maior tesouro da Casa de Sabóia, que foi por muitos anos, dono da Síndone.

O projeto da capela foi posteriormente herdado por Amedeo de Castellamonte, filho de Carlos, e depois ao suíço Bernardino Quadri. Finalmente, em 1667, a construção foi confiada ao irmão e arquiteto Guarino Guarini, que havia deixado Paris e se estabelecido na então capital da Sabóia.

Após feitas algumas modificações vistas como inovadoras, o espaço passou a guardar o Sudário de Turim, que foi milagrosamente salvo durante um catastrófico incêndio, em 1997. Na época, o fogo destruiu a Capela de Guarini na noite dos dias 11 e 12 de abril.

Foto: Sonia Trujillo

O Sudário somente foi salvo porque, já que em 1993, a peça havia sido transferida do altar para um ambiente mais seguro, enquanto a capela estava sendo restaurada. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da Arquidiocese de Turim