Que o turismo “possa contribuir para glorificar Deus”, diz cardeal, no dia Mundial do Turismo
Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 27-08-2018, Gaudium Press) – Através do Cardeal Peter Turkson, na mensagem para o Dia Mundial do Turismo, que se celebra hoje, o Vaticano alertou para os “efeitos negativos” de um excesso de procura turística nos locais de destino.
“Não se deve subestimar a sustentabilidade turística, já que em alguns destinos turísticos de maior renome e mais procurados se sentem os efeitos negativos de um fenómeno que se opõe a um turismo saudável e justo – o chamado ‘sobreturismo'”, disse o prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Turkson.
O Cardeal faz votos de que o turismo “possa contribuir para glorificar Deus e valorizar cada vez mais a dignidade humana, o conhecimento mútuo, a fraternidade espiritual e a renovação do corpo e da alma”.
O Dia Mundial, promovido pela Organização Mundial do Turismo (UNWTO), tem como tema, em 2018, “Turismo e transformação digital”, sublinhando os avanços da tecnologia e o seu impacto no tempo livre, as férias e a mobilidade em todos os seus aspetos.
As últimas pesquisas mostram que cerca de 50% dos navegadores digitais se inspiram em imagens e comentários online; 70% consultam vídeos e opiniões dos que já viajaram.
Escreve o cardeal Turkson: “A inovação digital visa promover a inclusão, aumentar a participação das pessoas e das comunidades locais e alcançar uma gestão inteligente e equilibrada dos recursos”,.
Admitindo que o uso de instrumentos digitais no setor de turismo é uma “grande oportunidade”, o texto assinala, no entanto, que a produção e o uso de “dados”, especialmente dados pessoais, gerados pelo mundo digital, também pode ser utilizada para fins comerciais, propaganda ou até para estratégias “manipuladoras”.
O documento faz alusão à próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens (a ser realizada entre os próximos dias 03 e 28) sublinhando a necessidade de oferecer à juventude cursos de formação e educação antropológica, para que possam viver a “era digital” sem ser enganados pelo mundo virtual. (JSG)
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