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O amor a Deus é a única coisa que dá sentido a nossa existência, ressalta Bispo de Phoenix

Estados Unidos – Phoenix (Quarta-feira, 22-08-2018, Gaudium Press) Como parte de uma série de artigos sobre os novíssimos do homem (Juízo, Purgatório, Céu e Inferno) publicados no site ‘The Catholic Sun’, Dom Thomas J. Olmsted, Bispo de Phoenix, Estados Unidos, escreveu um texto sobre o Juízo Final. Para explicar como a justiça divina avalia o estado das almas em sua passagem para a eternidade, o prelado utilizou a imagem do oleiro.

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“Nossas vidas são semelhantes a uma massa de argila. Nós somos formados pelas decisões que tomamos na vida. Enquanto vivemos, somos como a argila úmida que pode ser formada e reformada até que se converta em um belo vaso. No entanto, uma vez que se coloca no fogo, sua forma se fixa permanentemente”, ensinou. Esta permanência da argila em sua forma final é uma imagem da alma no momento da morte. “Assim é com cada um de nós. Uma vez que morremos e estamos de pé diante de Deus, nossa forma fundamental, quer dizer, nossa opção por Ele ou contra Ele se fixa para sempre. O tempo para escolher o bom ou o mau termina com a morte porque é o tempo para o juízo”.

Dom Olmsted recordou também que a doutrina católica ensina que cada um de nós passará por dois juízos. “O Juízo Particular ocorre imediatamente no momento da morte, quando a alma, agora separada do corpo, se vê diante de Deus para dar conta do bem que se fez e pelos pecados que cometeu. O Juízo Universal, por sua vez, se refere ao final dos tempos, na vinda de Cristo, quando tudo será revelado, e o Juízo Particular de cada alma será ratificado por todos para ver e entender”.

“A sociedade secular na qual vivemos perdeu o contato com essa realidade eterna chamada juízo. No mundo de hoje, o pecado é minimizado ou declarado de pouca importância. Muitos buscam comodidade na crença conveniente de que a maioria das pessoas irá para o céu quando morrer. Esquecer que haverá um juízo mostra que estamos perdendo contato com as realidades e as consequências de nossas vidas e a razão de nossa existência”, advertiu o Bispo.

O Juízo Final dá sentido aos sofrimentos e aos méritos da vida presente, recordou o prelado. “No entanto, é incrível, muito poucas são as pessoas que se preparam seriamente para a morte e o juízo. Muitos de nós, inclusive nós, que amamos a Jesus, nos encontramos perseguindo as coisas que tendem a consumir nossa vida cotidiana como carreira, dinheiro, poder e posses, dando pouca atenção à morte e ao juízo. Morte e juízo, no entanto, são fatos reais; que acontecerão se estivermos preparados para eles ou não”, lamentou o prelado.

O Bispo de Phoenix recordou um ensinamento da Fé na qual se diz que é o amor que determina esta última realidade, sendo este o guia de preparação da alma para seu encontro com Deus. “No crepúsculo da vida, Deus não nos julgará sobre nossas posses terrenas e êxitos humanos, mas na medida de quanto temos amado”, afirmou São João da Cruz, citado pelo Bispo. “Em última instância, o juízo será simples; no final, tudo tem a ver com o amor. O amor é a única coisa que dá sentido a nossa existência; o amor é também o fruto de nossa redenção e o amor é o tema no qual todos seremos julgados. Quando olhamos nossa vida inteira através da lente da Fé, vemos com claridade porque Deus nos criou: para amar e ser amado por Ele e desfrutar da felicidade eterna em Sua presença”, explicou. “Portanto, o propósito na vida é buscar a Cristo, que é Amor. Quando nos entregamos completamente a Ele, percebemos que o amor é uma Pessoa. Se vivemos nossa vida centrada no amor de Cristo, então nossa atitude antes do juízo de Deus não será de medo, mas de esperança sustentada pelo amor”. (EPC)

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