Rosário salva a vida de jesuÃtas em Hiroshima
Redação (Segunda-feira, 06-08-2018, Gaudium Press) No dia 6 de agosto de 1945, há exatos 73 anos ocorreu um dos mais tristes episódios da história mundial: a explosão da bomba atômica em Hiroshima. Quatro sacerdotes jesuítas alemães sobreviveram a esta catástrofe e, de forma milagrosa, a radiação, que ceifou a vida de milhares de pessoas nos meses seguintes, não causou nenhum efeito neles. Assim foi documentado por historiadores e médicos, o fato conhecido como: o Milagre de Hiroshima.
O superior dos jesuítas no Japão, Hugo Lassalle, e seus irmãos de vocação, Hubert Schiffer, Wilhelm Kleinsorge e Hubert Cieslik, estavam na casa paroquial da Igreja jesuíta de Nossa Senhora da Assunção, em um dos poucos edifícios que resistiu à bomba. No momento da explosão, um dos jesuítas estava celebrando a Eucaristia, outro tomando café da manhã e os outros estavam nos arredores da paróquia.
Os religiosos sofreram apenas pequenos ferimentos por conta de cristais quebrados, mas nenhum efeito da radiação, nenhuma perda de audição, nem qualquer outro dano.
Alguns dias depois, foram alertados por médicos de que a radiação recebida lhes causaria lesões graves, assim como doenças e inclusive uma morte prematura. Mas milagrosamente esse prognóstico nunca se concretizou.
Em 1976, o Padre Schiffer foi ao Congresso Eucarístico na Filadélfia, onde relatou sua história e assegurou que os quatro jesuítas ainda estavam vivos e sem nenhuma doença. Após serem examinados por dezenas de doutores cerca de 200 vezes ao longo dos anos seguintes, nunca se encontrou em seus corpos qualquer consequência da radiação.
“Nós acreditamos que sobrevivemos porque estávamos vivendo a Mensagem de Fátima. Nós vivíamos e rezávamos o Rosário diariamente naquela casa”, explicaram os religiosos.
No ano de 2015, o Bispo de Niigata e Presidente da Cáritas Ásia, Dom Tarcisius Isao Kikuchi, recordou o fato ressaltando que o Japão pode contribuir à paz “não com novas armas, mas com suas atividades de nobreza e grande história no crescimento mundial, de maneira particular nas consideradas nações em via de desenvolvimento”.
Dom Kikuchi acrescentou que “com esta contribuição ao desenvolvimento, que leva a pleno respeito e à realização da dignidade humana, seria muito apreciado e respeitado pela comunidade internacional”. Todos os anos, entre os dias 5 e 15 de agosto, o país celebra uma Oração pela Paz.
Por volta de 246 mil pessoas morreram em Hiroshima e Nagasaki. Metade faleceu no momento do impacto, e as outras faleceram algumas semanas depois pelos efeitos da radiação. (EPC)
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