Estados Unidos: Semana da Liberdade Religiosa para Cristãos debate Migrantes, Aborto, Política
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 26-06-2018, Gaudium Press) No dia 22 de junho, a Igreja nos Estados Unidos lançou uma campanha que consiste em tratar durante sete dias sobre temas diferentes, que tenham implicações na escolha de viver a fé.
Uma semana para conhecer, agir e rezar pela liberdade religiosa dos cristãos no mundo.
Temas Candentes para Debates
A cada dia, um bispo dirigente de uma das Comissões da Conferência Episcopal, oferece um breve comentário para encorajar o agir como cristãos livres diante dos temas sociais mais candentes da sociedade estadunidense.
Estão entre esses temas candentes: Migrantes, objeção de consciência diante do aborto, famílias, linguagem e política, epidemia no uso de drogas, perseguições no Oriente Médio.
Todos eles temas em que os cristãos são postos a caminhar no mundo em uma tênue fronteira entre o bem e o mal.
Um lugar onde, portanto, “são chamados a viver com integridade e fiéis ao Evangelho”, comentou o bispo Michael Burbidge, presidente da Comissão das Comunicações da Conferência dos Bispos dos EUA, que abriu a campanha propondo como modelo da lealdade à Igreja e serviço dos santos Thomas More e John Fisher.
Migrantes
Dom Joe Vasquez, presidente da Comissão para os Migrantes, sublinhou em sua mensagem que “a Igreja e o serviço de assistência aos migrantes foram fortemente atacados também pelas escolhas feitas no campo do aborto”.
“Hoje somos convidados a escolher entre a vida de uma criança não nascida e um migrante, mas não podemos aceitar esta chantagem: somos chamados a ajudar a todos”.
Segundo dia: linguagem política desonesta
No segundo dia do Encontro, dia 23/06, o bispo de Filadélfia, Charles Chaput, advertiu contra a linguagem política desonesta:
“Um perigo para a democracia e um perigo para as leis e políticas públicas”.
Ele sugeriu para se agisse diante dos representantes eleitos para o Congresso, para que trabalhem “de acordo com a caridade e a justiça, respeitando a fé e a liberdade e dignidade humanas”.
Outros temas da Campanha
Outros temas da campanha são a liberdade de ensino para as instituições católicas, a defesa dos cristãos no Oriente Médio, para os quais se pede doações consistentes que lhes permitam permanecer nas terras que viram o cristianismo nascer; a liberdade de consciência do pessoal da saúde diante dos pedidos de aborto.
Este último tema, a liberdade de consciência do pessoal da saúde diante dos pedidos de aborto, é um terreno de confrontos tanto nos hospitais como nos tribunais, porque muitos dos funcionários são denunciados porque se recusam a submeter-se a regulamentos que autorizam o aborto mesmo após o terceiro mês de vida.
A campanha também trata de uma das emergências sociais mais dramáticas para as famílias: a crise ligada ao consumo de opiáceos.
Muitas crianças, filhas de pais toxicodependentes, são frequentemente deixadas em instituições de cuidados por muito tempo, porque, em alguns Estados, grupos e famílias católicas que poderiam ser temporariamente designados para cuidar delas, são excluídos.
Proclamar a Fé dos telhados
“A campanha nos lembra que nossa fé não é uma questão privada, mas deve ser proclamada dos telhados e necessita testemunhas, especialmente entre os jovens, sedentos por vida espiritual e de amizade com Deus”, concluiu Dom Robert Bannon, bispo auxiliar de Los Angeles e presidente da Comissão para a Evangelização, que convidou a exercer a liberdade religiosa, compartilhando e não impondo uma experiência e uma vida de fé permeada pelo Evangelho”.
(JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Agência Sir)
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