Missão da educação católica: doar esperança ao mundo global, diz Francisco
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 26-06-2018, Gaudium Press) O Papa Francisco recebeu em audiência, oitenta membros da Fundação Gravissimum Educationis, na Sala do Consistório, (25/06)no Vaticano.
Esta Fundação tem suas finalidades científicas e culturais voltadas a promover a educação católica no mundo. Seus membros participam do encontro “Educar é transformar”, que é promovido por este organismo que foi constituído pelo Papa, através do convite da Congregação para a Educação Católica, em 28 de outubro de 2015, na ocasião em que se comemorava os 50 anos da Declaração Conciliar Gravissimum Educationis.
Papa: mudar a educação para mudar o mundo
Em suas palavras o Papa Francisco recordou que “Com esta instituição, a Igreja renova o seu compromisso com a educação católica em sintonia com as transformações históricas do nosso tempo. A fundação, de fato, incorpora uma solicitação já contida na Declaração conciliar da qual leva seu nome, que sugeria a cooperação entre escolas e universidades para melhor enfrentar os desafios em andamento.”
Ao propor algumas sugestões, Francisco destacou que “Somente mudando a educação é possível mudar o mundo”.
Sugestões do Papa
“Primeiramente, é importante formar rede, que significa unir escolas e universidades para fortalecer a iniciativa educacional e de pesquisa, enriquecendo-se dos pontos de forças de cada um, para ser mais eficazes no âmbito intelectual e cultural.”
Para Francisco, “Formar rede significa também unir os saberes, as ciências e as disciplinas para enfrentar os desafios complexos, formar rede significa criar lugares de encontro e diálogo dentro das instituições educacionais e promovê-los com os cidadãos provenientes de outras culturas, tradições, religiões diferentes, a fim de que o humanismo cristão contemple a condição universal da humanidade de hoje.”
Ainda é o pensamento exposto pelo Papa: “Formar rede significa também fazer da escola uma comunidade educacional na qual professores e alunos não sejam ligados somente por um plano didático, mas por um programa de vida e experiência, capaz de educar para a reciprocidade entre diferentes gerações”.
De acordo com as Palavras de Francisco, a educação católica não se limita somente a formar mentes, “mas percebe que a responsabilidade moral do homem de hoje também se propaga no tempo, e as escolhas de hoje recaem sobre as gerações futuras”.
Esperança, outra sugestão
Outra sugestão do Papa é “não deixar que nos roubem a esperança”. Com essa solicitação, o Pontífice “encoraja os homens e mulheres de nosso tempo a encontrar positivamente a mudança social, imergindo-se na realidade com a luz irradiada pela promessa da salvação cristã”:
“Somos chamados a não perder a esperança porque devemos doar esperança ao mundo global de hoje. “Globalizar a esperança” e “promover as esperanças da globalização” são compromissos fundamentais da missão da educação católica.
Segundo afirma o Papa, “estes são objetivos importantes que poderão ser alcançados com o desenvolvimento da pesquisa científica, confiada às universidades e também presente na missão da fundação Gravissimum Educationis.
Uma busca pela qualidade que tem diante de si um horizonte cheio de desafios”.
Critérios essenciais de Francisco
Francisco citou três critérios que, para ele, são essenciais para serem alcançados os objetivos da Fundação Gravissimum Educationis:
“Identidade, que requer coerência e continuidade com a missão das escolas, universidades e centros de pesquisa nascidos, promovidos ou acompanhados pela Igreja e abertos a todos, sobretudo aos necessitados;
qualidade, farol seguro para iluminar todas as iniciativas de estudo, pesquisa e educação, e o
bem comum, difícil de definir em nossas sociedades marcadas pela convivência de cidadãos, grupos e povos de diferentes culturas, tradições e crenças.
Precisamos ampliar os horizontes do bem comum e educar a todos sobre a pertença à família humana.”
“Para cumprir sua missão, estabeleçam as bases na coerência com a identidade cristã; disponham os meios conforme a qualidade do estudo e da pesquisa; e persigam objetivos em harmonia com o serviço ao bem comum”, concluiu o Pontífice. (JSG)
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