Carta de Cristóvão Colombo é restituída ao Vaticano
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 15-06-2018, Gaudium Press) Nesta última quinta-feira, 14, foi realizada uma cerimônia solene, na qual se restituiu ao Vaticano uma cópia original de uma carta escrita por Cristóvão Colombo quando retornou de sua primeira viagem à América.
Participaram do ato a Embaixadora dos Estados Unidos diante da Santa Sé, Callista Gingrich; o Bibliotecário do Vaticano, Dom Jean-Louis Brugués; e o Prefeito da Biblioteca, Dom Cesare Pasini.
O texto original passou por várias mãos até chegar a uma família de Atlanta, que decidiu devolvê-lo à Santa Sé. Agora, a cópia original substituirá a cópia falsa mantida no Vaticano desde o ano de 1921.
“Ficamos surpresos quando as autoridades nos contactaram em 2012 sobre este livro (onde estava a carta) que pertencia à coleção de Giovanni Francesco De Rossi, que havia deixado sua coleção de de preciosos manuscritos e livros antigos à Biblioteca Vaticana após sua morte em 1854”, comentou Dom Brugués.
O Bibliotecário contou que essa coleção chegou ao Vaticano em 1921, após várias transformações e depois de ter passado na Áustria por 40 anos, no entanto, ninguém duvidava que ela não era a original.
Na carta, endereçada aos reis católicos, Colombo conta seus descobrimentos e pede ajuda financeira para suas viagens seguintes. Escrita em espanhol, a carta foi traduzida para o latim e italiano.
O Vaticano recebeu a cópia da carta em 1921, como parte da Coleção De Rossi. Em 2011, um especialista em livros raros e manuscritos indicou ao Departamento de Segurança dos Estados Unidos que o manuscrito poderia ser falso.
Então se iniciou uma investigação para descobrir onde estava a cópia original. O documento foi encontrado com Robert Parsons, que, sem saber que era um produto roubado, comprou de um vendedor de livros raros em 2004.
Em 2013 um especialista analisou a carta e concluiu que era uma cópia original. Em 2016 outro especialista explicou que a cópia original havia sido vendida por Massimo De Caro, famoso ladrão italiano. Assim que o Sr. Parsons faleceu, a viúva revisou as provas que demonstravam que a carta havia sido roubada e por este motivo resolveu restituí-la ao Vaticano. (EPC)
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