Renúncia do Bispo de Bagé, D. GÃlio FelÃcio, é aceita por Francisco
Bagé – Rio Grande do Sul (Quinta-feira, 07-06-2018, Gaudium Press) A comunidade católica de Bagé, Rio Grande do Sul, recebeu com surpresa a renúncia do bispo Dom Gílio Felício. A informação foi dada pela Nunciatura Apostólica no Brasil e publicada no L’Osservatore Romano, noticiando que o Papa Francisco aceitou o pedido de renúncia feito pelo bispo.
Em coletiva de imprensa conforme informou o Pe. Airton Gusmão, o conselho de consultores da diocese irá se reunir e procurar alguém que responda pela Cúria, até a nomeação de um novo bispo, para diocese. Também informou que Dom Gílio, desde o ano passado, estava com um problema de saúde e vinha sendo cuidado por especialistas. O sacerdote afirmou que Dom Gílio fará certamente um pronunciamento oficial, quando voltar do Encontro Regional de Bispos e Superiores Provinciais, em São Leopoldo.
Frei Álvaro Bordignon se entristece pela renúncia de Dom Gílio, pois afirma o religioso que entre muitas qualidades, Dom Gílio tem o carisma de aproximar as pessoas, é muito humano e atrai a população O frei considera a renúncia como um ato de humildade feito pelo bispo. Ele foi fiel ao seu lema: “Evangelizar a todos”.
No site da CNBB, o secretário da Geral da Conferência dos Bispos do Brasil, Dom Leonardo Ulrich Steiner, deixa uma nota de agradecimento a Dom Gílio:
Mensagem de agradecimento da CNBB a dom Gílio Felício
Prezado Irmão, dom Gílio Felício.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por ocasião na qual o Santo Padre aceitou sua renúncia ao governo da diocese de Bagé (RS), vem manifestar o seu agradecimento pelo trabalho pastoral realizado pelo senhor, na Igreja.
A biografia do senhor registra uma caminhada de grande empenho pela evangelização. O testemunho dado pelo povo a respeito de sua pessoa e do seu ministério contém elementos que nos levam a louvar bendizer a Deus, principalmente no combate e na superação do racismo no Brasil.
Buscamos nas palavras do Papa Francisco uma inspiração para agradecer o senhor pela dedicação em seu ministério episcopal: “‘A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. Isto é, definitivamente, a missão'” (EG, 10).
Seu lema episcopal “Evangelizar a todos” é, na verdade, um convite que se estende a todos nós e um incentivo missionário. Lembramos o Papa Emérito, Bento XVI quando falou, em 2008, aos bispos de Hong Kong: “‘A todo o homem e mulher foi-lhe concedido pelo Senhor o direito de ouvir o anúncio de que Jesus Cristo ‘me amou e Se entregou a Si mesmo por mim’ (Gal 2, 20). A tal direito corresponde um dever de evangelizar: ‘Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois que me é imposta esta obrigação: Ai de mim se não evangelizar!’ (1 Cor 9, 16; cf. Rom 10, 14). Na Igreja, toda a atividade tem uma dimensão evangelizadora que é essencial, pelo que não deve jamais ser dissociada do compromisso de ajudar a todos a encontrarem Cristo na fé, que é o objetivo primário da evangelização”.
Com o nosso abraço fraterno, em Cristo,
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Secretário-Geral da CNBB
Da Gaudium Press com informações da CNBB e do Jornal Minuano
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