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“A vergonha é uma graça que nos leva a pedir perdão” escreve Papa em Prefácio

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 06-06-2018, Gaudium Press) No prefácio que o Papa Francisco escreveu recentemente para a nova edição do Livro do Padre Giacomo Tantardini, ele afirma que “A vergonha é uma graça que nos leva a pedir perdão, assim como é uma graça o dom das lágrimas, que lava os nossos olhos e faz-nos ver melhor a realidade”.

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O livro do Padre Tantardini tem como título uma afirmação objetiva e afirmativa: “Quem reza se salva”.
O pequeno manual com as orações mais simples da tradição cristã, foi publicado pela primeira vez em 2001 pela revista “30Dias”.

Outras edições viram até chegar a esta 6ª edição que Francisco prefaciou. A Edição de 2005 teve a introdução escrita pelo então cardeal Joseph Ratzinger, que, logo depois, foi eleito Papa.

A edição atual mantém o mesmo texto das edições anteriores apresentando um revê reflexão do Pontífice em sua introdução.
Foi ai que o Papa afirmou que ter vergonha é o essencial para a “boa confissão”,

O Prefácio

Francisco dá início às suas palavras citando Santo Ambrósio, tiradas da Expositio psalmum 118:
“Vem, então, Senhor Jesus. Vem a mim, busca-me, encontra-me, toma-me nos braços, carrega-me”.

O Papa explicou que esta era um a oração “muito especial para o padre Giacomo”, que “a rezava com frequência”.

O Pontífice recorda que o ‘seu coração de criança, a sua tão consciente oração de que é o Senhor quem toma a iniciativa e não podemos fazer nada sem ele. Por isso, acrescenta, ‘não por acaso, o autor deste pequeno livro escolheu como título uma expressão de Santo Afonso de Ligório “: ‘Quem reza se salva’!

Quem reza se salva

O “pequeno livro” -como define Francisco- nasceu de uma intuição de Tantardini “a pedido dos jovens que se convertiam ao cristianismo”.

Logo ele foi “Traduzido para várias línguas” e “difuso em centenas de milhares de exemplares em todo o mundo, chegando gratuitamente em muitas missões católicas espalhadas em todos os ângulos da terra”,

Hoje, prossegue o Papa, “os amigos de padre Giacomo o consideram como o presente mais belo”. Principalmente porque, além das orações, reúne “tudo o que ajuda a fazer uma boa confissão”.

E Francisco recorda e cita uma frase que o padre Giacomo”repetia com frequência no último período da sua vida:
‘Quem se confessa bem, se torna santo’.

E foi partindo desta afirmação que Francisco seguiu com seu prefácio escrevendo algo como um diretório ou vademecum que facilita o penitente que se aproxima do sacramento da Penitência.

Para confessar-se bem

“O ponto de partida é o exame de consciência, a dor sincera pelo mal cometido”, ensina o Papa.

Logo deve vir “o reconhecimento dos pecados, de modo concreto e com sobriedade. Sem ter vergonha da própria vergonha”.
De resto, como ensina o Evangelho, “ao Senhor é suficiente um sinal de arrependimento. A misericórdia divina espera com paciência a volta do filho pródigo, antes, o antecipa, o previne tocando por primeiro seu coração, a ponto de criar nele o desejo de ser abraçado pela sua infinita ternura e de poder recomeçar a caminhar”, esclarece o Pontífice.

Antes de encerrar seu Prefácio o Pontífice aconselhou que “no confessionário, devemos ser concretos no reconhecimento dos pecados, sem reticências”, porque, “logo vemos que é o próprio Senhor que nos ‘fecha a boca’, como se dissesse: está bem assim. Para ele, basta ver este sinal de dor, não quer torturar a sua alma, quer abraçá-la. Quer a sua alegria”.

Para concluir a apresentação do livro, Francisco fez uma afirmação conclui com uma certeza que recorre em todo o seu magistério, “Jesus veio para nos salvar assim como somos: pobres pecadores, que pedem para ser buscados, encontrados, abraçados e carregados por Ele”. (JSG)

 

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