Santuário de São João Paulo II, em Cracóvia, recebe cerimônia presidida pelo Papa
Cracóvia – Polônia (Segunda-feira, 01-08-2016, Gaudium Press) O Santuário dedicado a São João Paulo II, na capital polonesa, acolheu neste último sábado, 31, uma celebração eucarística que contou com a presença de cerca de 2 mil pessoas. Na ocasião, estavam presentes religiosos, consagrados, seminaristas, fiéis e leigos. Do lado de fora do templo, aproximadamente 5 mil pessoas acompanharam a missa.
Ao longo da cerimônia, o Santo Padre pronunciou a sua homilia, inspirado na liturgia da Missa votiva da Misericórdia de Deus, partindo da passagem evangélica. Nela, referiu-se a um lugar, um discípulo e um livro.
Segundo Francisco, “Jesus envia. Desde o início, ele quis que a Igreja estivesse em saída pelo mundo, como ele foi enviado pelo Pai: não com poder, mas como serviço; não para ser servido, mas para servir e levar a Boa-Nova. Assim, seus discípulos, em todos os tempos, foram enviados”.
Enquanto os discípulos se fechavam no Cenáculo, com medo, Jesus entrava e os enviava em missão, uma vez que ele queria que os seus abrissem as portas e saíssem para transmitir ao mundo o perdão e a paz de Deus, com a força do Espírito Santo.
Este convite, conforme o Papa, é dirigido também a nós e recorda as palavras de São João Paulo II, que dizia: “Abram as portas”!
O dirigir-se aos sacerdotes e consagrados, o Pontífice lembrou que às vezes somos tentados a nos fechar em nós mesmos, por medo ou comodidade. Contudo, Jesus não gosta de portas entreabertas, de vidas duplas, e nossa vida deve ser transparente, de amor concreto, de serviço e disponibilidade à evangelização.
Para ilustrar suas palavras, Francisco recorreu ao Evangelho do dia, destacando a figura do discípulo Tomé, que tocou com sua mão as chagas de Jesus para crer.
Nesse sentido, prosseguiu, nós, seus discípulos, devemos pôr a nossa humanidade em contato com a carne do Senhor. Ele quer corações abertos, ternos com os fracos, dóceis e transparentes:
“O Apóstolo Tomé, em sua busca apaixonada, chegou não só a acreditar na ressurreição de Jesus, mas encontrou o sentido da sua vida, ao confessar: ‘Meu Senhor e meu Deus’, como se quisesse dizer-lhe: ‘Vós sois meu único bem, o caminho e o coração da minha vida, o meu tudo!”.
No final, o Papa exortou os presentes a tomar o exemplo de Maria Santíssima, que acolheu plenamente a Palavra de Deus na sua vida, como Mãe da Misericórdia, para que nos ensine a cuidar das chagas de Jesus nos nossos irmãos e irmãs necessitados, dos próximos como dos distantes, do enfermo e do migrante.
“Queridos irmãos e irmãs, cada um de nós guarda no coração uma página muito pessoal do livro da Misericórdia de Deus: a história da nossa vocação, a voz do amor que fascinou e transformou a nossa vida, pela qual deixamos tudo e a seguimos. Reavivemos hoje, com gratidão, a memória da sua chamada. Agradeçamos ao Senhor por entrar nas nossas portas fechadas com a sua misericórdia. Como Tomé, ele nos chamou por nome e nos dá a graça de continuar a escrever o seu Evangelho de amor”, encerrou.
Ao concluir a Santa Missa da Misericórdia de Deus, o Santo Padre deu de presente ao Santuário de São João Paulo II um crucifixo de madre pérola, para ser colocado sobre o altar. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano
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