Em visita às relíquias de São Boaventura, Papa Bento XVI recorda esperança necessária ‘no percurso da fé’
Bagnoregio (Terça, 08-09-2009, Gaudium Press) O Papa Bento XVI esteve neste domingo na cidade italiana de Bagnoregio para visitar as relíquias de São Boaventura, qualificado pelo próprio pontífice como ‘um incansável buscador de Deus’ e ‘mensageiro da esperança’. Durante a estadia na cidade, o Santo Padre também se encontrou com fiéis, na praça Santo Agostinho.
Antes do encontro, o pontífice esteve na Catedral de São Nicolau para uma oração privada e veneração das relíquias de São Boaventura. Na ocasião, recordou aos teólogos que eles “são chamados a servir à fé que busca o intelecto, à fé que é ‘amiga da inteligência’ e que torna-se vida no projeto de Deus”.
Segundo o Santo Padre – cuja tese de habilitação em Teologia fala justamente de São Boaventura – o santo, como ‘buscador de Deus’, dedicou toda sua vida ‘a um percurso de fé que exige muito trabalho (…) a fé é, portanto, um aperfeiçoamento de nossas capacidades cognitivas e a participação no conhecimento que Deus tem de si mesmo e do mundo. Advertimos a esperança como preparação ao encontro com o Senhor, que marcará o pleno cumprimento daquela amizade que, desde então, nos liga a Ele. E a caridade nos introduz à vida divina, fazendo com que nos consideremos irmãos de todos os homens, segundo a vontade do Pai Celestial’.
São Boaventura, ainda de acordo com o Papa Bento XVI, apontava a esperança como ‘o voo do pássaro, que abre suas asas no modo mais amplo possível e, para movê-las, emprega toda sua força’. O ‘mensageiro da boa esperança’, nas palavras do pontífice, dizia que ‘esperar é voar’.
No entanto, em alusão à sua Encílica sobre a esperança cristã – “Spe salvi” – o sucessor de Pedro ressaltou que não basta ‘uma esperança qualquer para enfrentar e superar as dificuldades do presente’, pois é indispensável ‘uma esperança confiável que justifique a fadiga do caminho’.
São Boaventura
Batizado Giovani Fidanza, São Boaventura nasceu em 1218 na atual Bagnoregio e logo ingressou na Ordem Franciscana. Estudou filosofia em Paris e se tornou professor, trabalho que exerceu por muito tempo. Apesar de algumas recusas a ser ordenado bispo, foi nomeado cardeal e bispo de Albano. Apontado como homem de ‘ação e de governo, rico de um equilibrado sentimento’, foi canonizado em 1482 pelo Papa Sisto IV.
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