Na Espanha, outra Diocese celebrará periodicamente uma Missa segundo o rito extraordinário
Jeréz – Espanha (Terça-feira, 14-06-2016, Gaudium Press) No próximo dia 19 de junho, na Igreja de São João dos Caballeros de Jerez – Espanha, e com a autorização do bispado, iniciará a celebração periódica da Eucaristia segundo a forma extraordinária da Missa, mais conhecida como Missa antiga ou Missa em latim. Durante o verão, a periodicidade será de uma ao mês, mas a partir de setembro será semanal.
A iniciativa surgiu de fiéis da paróquia dos Quatro Evangelistas, São João, São Marcos, São Mateus e São Lucas. O historiador de Arte Pablo Pomar, é um dos seus maiores promotores.
Assinala Pomar que a liturgia tradicional “não deixou nunca de ser celebrada. Já em 1970, Paulo VI concedeu um indulto, certamente restritivo, em atenção ao pedido formulado por fiéis da Inglaterra e Gales, o conhecido ‘indulto de Agatha Christi’ por ter sido a escritora britânica uma de suas promotoras. Além disso, há dois documentos de João Paulo II de 1984 e 1988 ampliando generosamente a concessão, até que Bento XVI promulgou o motu próprio ‘Summorum Pontificum’, que estabelece que a missa tradicional e a de Paulo VI são somente duas formas, extraordinária e ordinária, de um mesmo rito, não podemos falar de uma liberação da Missa antiga”.
O historiador da arte considera que a Missa tradicional “produz uma mudança importante que leva à conversão de não católicos ou católicos somente de batismo. Há cada vez mais casos neste sentido. Também surpreende a muitos que a média de idade dos assistentes seja inferior a habitual”. Algo que justifica com, entre outras coisas, a atmosfera “de sacralidade que se alcança quando a língua litúrgica se diferencia da de uso habitual, que resulta de um enorme atrativo para estas gerações mais jovens, imersas em um mundo onde a vulgaridade ocupa tudo”.
O pároco dos Quatro Evangelistas, Padre Antonio López mostra seu apoio a esta iniciativa. “Me parece bem. Em todas as Dioceses da Espanha e Andaluzia está se incorporando a Missa tradicional. Não se trata de substituir nem de ir contra o Vaticano II, já que Bento XVI deu a possibilidade de celebrá-la”. O Padre López, também decano da Catedral, é doutor em Filologia Clássica, e um grande defensor da língua oficial da Igreja, o latim. “É uma maneira de não perdê-la. Estas Missas se celebraram durante quatro séculos, algo que é um tesouro da Igreja. É pura espiritualidade e outra forma de celebrar a liturgia”.
Não faz falta saber latim para acudir e entender esta Eucaristia, já que será entregue ao público um livrinho bilíngue, “uma vez que nestas Missas é muito importante responder ao sacerdote, participar, ainda que também haja espaços em silêncio”. O Padre dominicano Xavier Català será quem celebrará inicialmente estas Missas, que depois serão assumidas pelo Padre Antonio López. (GPE/EPC)
Deixe seu comentário