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Diante dos doentes: “amar apesar de tudo”, diz Papa no Jubileu dos Enfermos

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 13/06/2016, Gaudium Press) – O Jubileu dos Doentes e Pessoas Portadoras de Deficiência, foi realizado no domingo, 12 de junho.

Durante a Santa Missa realizada na Praça São Pedro, o Pontífice afirmou a necessidade e o valor de, diante dos doentes, “amar apesar de tudo”.

O Santo Padre sublinhou o fato de que tantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida, após saberem que são amadas.

Homilia

Na homilia dessa Santa Missa, Francisco recordou as palavras de S. Paulo aos Gálatas na liturgia deste XI Domingo do Tempo Comum:

“Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 19).

Francisco afirmou que são “palavras muito fortes para expressar o mistério da vida cristã: tudo se resume ao dinamismo pascal de morte e ressurreição recebido no Batismo. “

O Papa disse que no Batismo a imersão na água é como morrer para manifestar “a vida nova no Espírito Santo” e sublinhou que a condição de renascidos envolve todos os aspetos da vida, também a doença e o sofrimento.

O Papa chamou a atenção para o fato de que “Na realidade todos nós, mais cedo ou mais tarde, somos chamados a encarar e, às vezes, a lutar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias” e, “como são diferentes os rostos com que se apresentam estas experiências, tão típica e dramaticamente humanas!

Mas sempre nos colocam, de forma mais aguda e premente, a questão do sentido da vida. “

Sofrimento, limitação, solidariedade

De acordo com as palavras do Santo Padre, muitas vezes, a atitude humana é a de confiar apenas nas descobertas da ciência, considerando que “é impossível ser feliz uma pessoa enferma ou deficiente, porque incapaz de realizar o estilo de vida imposto pela cultura do prazer e da diversão”.

Porém, afirmou o Pontífice, “é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência! Não compreende o verdadeiro sentido da vida, que inclui também a aceitação do sofrimento e da limitação”:

“o mundo não se torna melhor quando se compõe apenas de pessoas aparentemente «perfeitas», mas quando crescem a solidariedade, a mútua aceitação e o respeito entre os seres humanos.”

Porque muito amou, foi acolhida

O Papa Francisco referiu ainda na sua homilia a leitura do Evangelho que nos fala da mulher pecadora e marginalizada que Jesus acolhe e defende “porque muito amou”.

Jesus está atento às lágrimas e ao sofrimento dela: “a sua ternura é sinal do amor que Deus reserva àqueles que sofrem e são excluídos”. “Amar apesar de tudo”, ressaltou Francisco.

O Papa assinalou: “Quantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida, logo que descobrem que são amadas”, mesmo que seja só através de um sorriso.

E salientou um exemplo sublime: “Jesus, na sua paixão, amou-nos até ao fim”, pois na “cruz, revelou o Amor que se dá sem limites”.

Ao seu sofrimento físico que lhe era infligido, Jesus respondeu com “a misericórdia que a todos acolhe e perdoa”.

É por isso que também que se pode afirmar que, disse o Papa no final da sua homilia, “Deus pode compreender as nossas enfermidades, porque Ele mesmo foi pessoalmente provado por elas (cf. Heb 4, 15).”JSG”

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