Cidade de Tarso, onde nasceu o apóstolo Paulo, retoma importância católica durante o Ano Paulino
Paris (Sexta, 04-09-2009, Gaudium Press) “Nós encontramos belas palavras, mas concretamente as coisas não funcionam muito para os cristãos”, disse na última quarta-feira ao diário francês La Croix um cidadão que observa a situação religiosa na Turquia, país que, por conta do Ano Paulino, lançado no ano passado pelo Papa Bento XVI, readquiriu uma especial importância para os católicos.
Por conta do Ano Paulino, o governo da Turquia, em ato visto como ‘gesto de boa vontade’ permitiu que a Igreja de Tarso, celebrasse missas durante todo o período – entre junho de 2008 e junho deste ano. O apóstolo Paulo nasceu na cidade de Tarso, de onde partiu para ser um dos propagadores da fé católica. A Turquia também serviu de berço para São Lucas – nascido na Antioquia -, São Inácio de Antioquia, São Basilio Magno, entre outros.
“Pela primeira vez, os muçulmanos turcos passam a testemunhar a vinda de cristãos não como turistas, mas como peregrinos religiosos. Sua devoção causou um forte impacto nos turcos”, disse à Rádio Vaticana monsenhor Luigi Padovese, Vigário Apostólico da região de Anatólia, no extremo oeste da Ásia.
No entanto, a expectativa de que essa permissão seja extendida e que o templo, convertido em museu, se transforme em um lugar de culto foi desmentida por autoridades da região. Novamente o governo decretou o cárater de museu à igreja, permitindo somente as celebrações que sejam solicitadas com antecedência e com a obrigação de não interromper a rotina de visitações. O anúncio provocou reações nos líderes cristãos, que admitiram a falta de evolução da liberdade religiosa no país.
No último dia 15 o primeiro ministro turco Recep Tayip Erdogan, junto com outros quatro ministros, se encontrou com líderes de religiões não-muçulmanas (ortodoxos, sírio-ortodoxos, sírio-católicos, ortodoxos armênios e judeus), de quem recebeu um documento com 88 casos problemáticos de suas relações com o Estado. Erdogan teria prometido, na ocasião, ‘reformas democráticas’ que permitissem a solução destes problemas.
União Europeia
A Turquia vem tentando ingressar na União Europeia – já com 27 países membros -, mas não conseguiu, até então, preencher todos os requisitos necessários para a entrada – condições conhecidas como critérios de Copenhaga. A questão humanitária no país seria um dos principais empecilhos, segundo a imprensa internacional.
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