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Refugiadas do Iraque na Jordânia enviam casula ao Papa

Amã – Jordânia (Sexta-feira, 10-06-2016, Gaudium Press) Jovens costureiras iraquianas refugiadas na Jordânia confeccionaram uma casula que enviaram ao Papa Francisco e que esperam que talvez o Pontífice use por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia no próximo mês de julho.

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Elas nasceram em Mosul, a “capital católica do Iraque” que foi arrasada pelo autodenominado Estado Islâmico há dois anos e tiveram que fugir para Amã, pois “tivemos que salvar nossas vidas, era a única decisão que podíamos tomar, na medida em que Daesh oferecia aos cristãos as seguintes três opções: negar nossa Fé e converter-nos ao Islã, pagar o imposto, ou morrer”, segundo explicam na carta que dirigiram ao Papa Farah, Maryam, Dalida e outras que assinaram como “tuas filhas”.

O reino da Jordânia não reconhece os diplomas expedidos pelo Iraque e por isso as jovens tiveram que buscar ali um ofício diferente do que exerciam em seu país. Na Jordânia o Padre Cornioli, sacerdote implicado na acolhida de refugiados iraquianos, habilitou com o apoio de várias instituições católicas um ateliê de costura onde elas, após aprender o ofício encontraram trabalho. Nasceu assim a coleção “Made by Iraqi girls”, que consta de saias, vestidos e outras peças de vestuário, que são divulgadas pelas redes sociais, e que já obtêm um certo êxito.

“Esperamos conhecer-te em Cracóvia durante a JMJ para receber tua bênção” dizem as jovens em sua carta, mas “somos refugiadas na Jordânia e se deixarmos [o país, ndr.], não teremos um visto para voltar. Você é o único que pode nos ajudar”.

A Jordânia é um dos principais lugares de refúgio de emigrantes no Oriente Médio, albergando 130 mil iraquianos, e 1,3 milhões de sírios, contabilizando assim somente aos refugiados oficialmente registrados nas listas das Nações Unidas. (GPE/EPC)

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