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Presidente polonês destaca a Fé Católica do país nos 1050 anos do Batismo da Polônia

Poznan – Polônia (Quarta-feira, 20-04-2016, Gaudium Press) Em uma alocução de características pouco frequentes na atualidade, o Presidente da Polônia, Andrzej Duda, dirigiu um solene discurso diante da Assembleia Nacional na qual destacou a fundamental importância da Fé na identidade e o destino do país, por ocasião dos 1050 anos do Batismo da Polônia, ocorrido no ano de 966. O mandatário afirmou que “o Batismo do Duque Mieszko I é o mais importante evento em toda a história do estado e a nação poloneses”, e declarou que sua frase está construída em presente porque “a decisão tomada por nosso primeiro mandatário histórico pré-determinado o futuro completo por vir ao nosso país”. O Presidente citou a célebre frase de São João Paulo II: “Sem Cristo, não se pode compreender a história da Polônia”.

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Duda identificou o Batismo da Polônia como o momento do nascimento da nação polonesa para uma nova vida cristã. A adoção do cristianismo na Igreja romana definiu para o Presidente a identidade polonesa. “A partir desse momento, começamos a pensar e a falar de nós mesmos como ‘nós, os poloneses'”. De maneira impactante, recordou que “nos momentos mais obscuros, quando nossos inimigos tentaram destruir a Igreja para demolir a base da identidade polonesa, o povo polonês desafiou esta intenção e abarrotou os templos em busca de seu sentido de comunidade e deu testemunho da perene sabedoria da decisão um dia tomada por nossos pais”.

O mandatário explicou que as celebrações oficiais pelo Batismo da Polônia se centraram na cidade de Poznan por ser “a sede do primeiro Bispado em terra polonesa” e agradeceu a presença do Episcopado e do clero da Polônia nos atos solenes. Também recordou a celebração do primeiro milênio do Batismo, ocorrida depois de 27 anos de opressão atéia por parte primeiro do regime nazista e depois do regime comunista, que chegou a ‘prender’ uma cópia do ícone de Nossa Senhora de Jasna Gora e provocar aos fiéis para boicotar a comemoração. “Os poloneses optaram pela fidelidade à Igreja, o amor autêntico à sua pátria e a esperança de recuperar a liberdade”, indicou.

A luta pela liberdade religiosa sob o regime comunista incluiu a defesa dos sacerdotes perseguidos, a edificação de templos não autorizados e massivas celebrações religiosas espontâneas que demonstraram a arraigada Fé e o sentido de comunidade da nação, que permitiram sobreviver à “perda das liberdades civis e de um estado independente e as tentativas de desnacionalizar e descristianizar nosso povo”. Este espírito indomável é segundo o mandatário a fonte de orgulho da nação polonesa.

O Presidente destacou também as riquezas espirituais e culturais herdadas da Fé Cristã, que permitiram o florescimento de um estado civilizado, com uma rica cultura e uma visão do ser humano e da moralidade com enormes benefícios para o comum da sociedade. O mandatário expressou seu compromisso de manter esta herança de Fé recebida dos antepassados. “Polônia é e seguirá sendo fiel à sua herança cristã”, concluiu. “Porque é nesta herança que temos um fundamento forte e provado para o futuro”. (GPE/EPC)

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